O Maranhão é o Estado com a pior condição
de vida do país, segundo levantamento realizado pela Consultoria Macroplan,
divulgado nesta quinta-feira (14) pela revista Exame.
Na última colocação, o Maranhão contabilizou 0,432 pontos. Se considerados os
28 indicadores, o estado vai muito mal em igualdade social. Em dez anos, a
desigualdade de renda perdeu 21 posições, caindo do 5ª lugar em 2005 para 26ª
em 2015.
Outros cinco estados – Alagoas, Piauí, Pará, Rondônia e Amapá – também apresentaram baixo desempenho, com IDGE inferior a 0,518 pontos.
O levantamento mostra que São Paulo está
no topo do ranking dos estados com a melhor qualidade de vida do país.
O Índice dos Desafios da Gestão Estadual
(IDGE), desenvolvido pela consultoria, avalia a situação de todas as unidades
da federação em 28 indicadores agrupados em nove áreas. O ranking vai de 0 a 1
– quanto mais próximo de zero, pior é a condição de vida no local.
O estado alcançou a melhor pontuação
(0,846) por apresentar um bom desempenho nas áreas analisadas — saúde, segurança, gestão pública, educação,
juventude, infraestrutura, condições de vida e desenvolvimento social e
econômico.
Em dez anos (2005-2015), todos os
estados brasileiros avançaram no índice. Mas, só entre 2015 e 2014, dez
unidades da federação perderam posições no ranking — marcando o principal
retrocesso da década.
“Esse resultado é reflexo do ambiente
político conturbado e da desaceleração da economia que se agravou a partir de
2014 e resultou na queda do PIB e no expressivo crescimento da taxa de
desemprego”, diz Gustavo Morelli, diretor da Macroplan.
Apesar do retrocesso, as áreas de saúde
e educação se mantiveram estáveis no período. Desenvolvimento econômico e
social, por sua vez, foram as mais afetadas em 2015 como consequência da crise.
Segundo a consultoria Macroplan, dados preliminares já mostram que as áreas de
infraestrutura e segurança devem sofrer retração no índice de 2016, que será
divulgado no ano que vem, dada a menor capacidade de investimento no período.
“É preciso reconhecer que o contexto
atual é adverso. No entanto, o fato de 17 estados terem apresentado bons
resultados é um sinal claro de que é possível fazer melhor”, argumenta Morelli.
Para superar os efeitos do atual
cenário, mudanças são necessárias — e a eficiência dos gastos públicos é a
principal delas. De acordo com a consultoria, os governantes precisam
descontinuar políticas e projetos de baixo impacto, adotar parcerias com o
setor privado, profissionalizar as equipes e planejar estrategicamente as
prioridades.
“A situação financeira não vai melhorar
no curso prazo. A saída é melhorar a capacidade de fazer escolhas e de
executá-las com maior produtividade”, diz o diretor da Macroplan.
Com informações da revista Exame
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