O
vereador major Negreiros, que já foi presidente da Câmara Municipal de Palmas e
candidato a Deputado a estadual no Tocantins e um dos alvos operação jogo
limpo, é maranhense e está com prisão preventiva expedida. Ele está com a
família no Chile
Três vereadores de Palmas foram alvos de
mandados de prisão da 2ª fase da Operação Jogo Limpo, que investiga desvio de
R$ 7 milhões da prefeitura da capital. São eles: o presidente da Câmara
Municipal, José do Lago Folha (PSD), Major Negreiros (PSB), que é natural de
Pastos Bons, no Maranhão, e Rogério Freitas (MDB). Deflagrada na manhã desta
sexta-feira (3), a ação da Polícia Civil cumpriu ao todo 26 mandados de prisão
temporária e 31 de busca e apreensão.
Até meio-dia, 22 pessoas foram presas e
quatro ainda não foram encontradas. Dos três vereadores, apenas Rogério Freitas
foi preso até o momento.
A Câmara de Palmas informou que o
presidente da Casa cumpre agenda política em Araguaína e está a caminho de
Palmas para prestar os esclarecimentos necessários à Polícia Civil. O chefe de
gabinete do major Negreiros informou que ele está viajando com a família para o
Chile e ainda não tomou conhecimento da operação.
A Prefeitura de Palmas informou que está
à disposição da Justiça e da investigação para contribuir com qualquer
esclarecimento.
O vereador Rogério Freitas disse em
entrevista à TV Anhanguera que até o momento não foi acusado de nada e é
inocente.
A polícia apura o desvio de R$ 7 milhões
da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (Fundesportes) e da Secretaria de
Governo e Relações Institucionais da capital.
As investigações apontam que o dinheiro
teria sido usado para financiar campanhas eleitorais em 2014. A verba seria
destinada para projetos sociais e de incentivo ao esporte.
De acordo com a Polícia Civil, empresas
fantasmas emitiam notas fiscais frias para justificar despesas e serviços na
prestação de contas dos convênios. Esses serviços nunca chegaram a ser
realizados, segundo a apuração. Os valores recebidos eram desviados para
servidores públicos, presidentes de entidades, empresários e agentes políticos.
2ª
fase da operação
Nesta sexta, a Polícia Civil informou
que os alvos dos mandados contra empresários, servidores públicos e políticos.
As prisões e buscas estão sendo
realizadas em Palmas, Goiânia, Fortaleza do Tabocão e Aparecida do Rio Negro.
Equipes também estão na Câmara Municipal de Palmas nesta manhã para fazer
buscas.
A operação é feita pela Delegacia de
Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública e conta
com o apoio de 40 delegados e mais de 110 policiais civis.
1ª
fase da operação
A primeira fase da operação foi
realizada em fevereiro deste ano contra uma organização criminosa suspeita de
lavagem de dinheiro. O crime era praticado por meio de entidades sem fins
lucrativos e empresas fantasmas, conforme as investigações. Ao todo, 10
federações e organizações não governamentais (ONG) podem estar envolvidas, além
de quatro empresas.
Na época, os policiais cumpriram 24
mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão em Palmas e em
mais quatro cidades do Tocantins: Paraíso do Tocantins, Nova Rosalândia, Paranã
e Miracema.
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