Policiais civis da cidade de Chapadinha,
com auxílio da Delegacia de Urbano Santos, efetuaram a prisão do homicida João
Maxis Picoli, na cidade de São Benedito do Rio Preto.
Pelas informações da polícia, o preso é
autor do assassinato de um jovem identificado como Josenildo, de 20 anos de
idade. O crime ocorreu no dia 20 de agosto deste ano, no Povoado Baturité, Zona
Rural de Chapadinha. Josenildo foi morto com um tiro na cabeça.
Após investigações da polícia
judiciária, foi comprovada a autoria do crime e representado pela medida cautelar
de prisão de João Picoli, deferida pela Justiça.
João Maxis Picoli aparece como dono da empresa Dm3 Agro (Dm3 Agro Ltda).
João Maxis Picoli aparece como dono da empresa Dm3 Agro (Dm3 Agro Ltda).
O homicida ficará à disposição do Poder
Judiciário para que possa responder por seu ato.
Envolvido
em conflitos agrários em São Benedito do Rio Preto
Em 2009, o então deputado Domingos Paz
denunciou o envolvimento de João Maxis Picoli em conflitos agrários em São
Benedito do Rio Preto. Confira detalhes da denúncia feita pelo então
parlamentar.
O
deputado Domingos Paz (PSB) denunciou ontem que existe um clima de muita tensão
e medo na área de 8 mil e 700 hectares de terra localizada à margem da MA-224,
entre os municípios de São Benedito do Rio Preto e Urbano Santos.
As
partes em litígio são a Associação Familiar União do Povo – AFUP e a empresa
Sociveste – Participação e Administração Ltda, representada pelo senhor João Max Pícoli. Mais de 100 famílias
dos povoados Marçal, Volta Grande e Boião, localizados em São Benedito do Rio
Preto, estão envolvidas no conflito. São famílias de agricultores e
agricultoras familiares que trabalham na área há mais de 30 anos e produzem
arroz, milho, feijão e mandioca.
A
área em questão, distante 6 km da sede, é de propriedade da Prefeitura
Municipal de São Benedito do Rio Preto, mas sua posse, pacífica e legal, para a
exploração agropecuária, há muito tempo que se encontra com a Associação
Familiar União do Povo. Há três anos surgiu um contrato de compromisso de
compra e venda envolvendo o ex-deputado estadual Kleber Kepler Ferro Leite,
falecido recentemente, e a empresa Sociveste, por intermédio do senhor João Max
Pícoli.
Segundo
o deputado, em julho de 2008, a Justiça concedeu uma liminar, com um mandado de
reintegração de posse, em favor da AFUP e outros. A partir daí o conflito
agrário agravou-se. Não aceitando a decisão da Justiça, o senhor João Max
Pícoli e seus capangas, em agosto deste ano, entraram na área armados e fizeram
ameaças as famílias que estavam trabalhando, derrubaram a cerca de arame com
trator, queimaram as roças, e desmataram uma área de mais de 346 hectares.
O
técnico agrícola da secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente de São
Bendito do Rio Preto, Daniel Mesquita, apresentou denúncia contra o senhor João
Max Pícoli junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA). Em resposta,
o representante da empresa Sociveste o ameaçou de morte.
Agora
em setembro, o senhor João Pícoli
entrou na área novamente e queimou mais de 10 linhas de mandioca, o que gerou
uma grande revolta nas famílias de agricultores que perderam toda sua produção.
Por conta disso, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de
São Benedito do Rio Preto entrou com uma ação de pedido de indenização por
danos materiais e morais contra o senhor João Pícoli, na Promotoria de Justiça
da cidade.
Clima de Tensão e Medo
A
presidente do STTR de São Benedito do Rio Preto, Maria Lúcia Vieira dos Santos,
está muito preocupada com a possibilidade de a qualquer momento acontecer
mortes na área em litígio.
“Estamos
recebendo ameaças de morte. O que o senhor João
Pícoli faz em São Benedito do Rio Preto é um desrespeito ao poder
constituído, e ele será o único responsável por atos extremos que possam
acontecer. As autoridades públicas têm que tomar alguma atitude. Por isto
procuramos o deputado Domingos Paz para denunciar essa gravíssima situação”.
“Estou
muito preocupado com o que vem acontecendo, nos últimos meses, na área rural.
Estamos assistindo a uma retomada dos conflitos fundiários e agrários no
Maranhão. E isto é muito sério e precisa ser freado. É inadmissível que o nosso
estado volte a ser palco de conflitos e todo tipo pela posse da terra. O último
relatório nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre conflitos
fundiários e agrários, lançado recentemente, aponta nessa direção. As
autoridades públicas não podem deixar que isso aconteça”, declarou o deputado
Domingos Paz.
isso é verdade?
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