Um homem de 23 anos foi morto a tiros
neste sábado durante uma carreata a favor do presidenciável Fernando Haddad
(PT) em Pacajus, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
Segundo informações do jornal O Estado
de S. Paulo, Charlione Lessa Albuquerque estava dentro de um carro quando
homens se aproximaram em um moto, efetuaram disparos e fugiram em seguida.
Contudo, o jornal local O Povo informou
que, na verdade, um homem desceu de um outro veículo, se aproximou do carro
onde estava a vítima, e atirou várias vezes antes de fugir.
Nem a Polícia Militar ou a Polícia Civil
confirmam as motivações do crime. Responsáveis pela investigação, os policiais
civis informaram que a vítima foi seguida por algumas horas antes do
assassinato.
Charlione era servente de pedreiro em
Fortaleza e estava no carro com a sua mãe, Regina Lessa, secretária nacional da
Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Vestuário da CUT (CNTRV/CUT).
Em nota, o PT lamentou o assassinato,
afirmando que "Charlione é vítima desta política de propagar o ódio, a
intolerância e a violência que nós estamos combatendo nessas eleições".
"Exigimos das autoridades rigor nas
investigações para que este atentado não fique impune e que não volte a se
repetir. Nós, jovens militantes que acreditamos numa sociedade construída na
tolerância, na paz e no amor, permaneceremos nas ruas e amanhã inundaremos as
urnas dos nossos sonhos que certamente eram os sonhos de Charlione. Não irão
nos amedrontar! Não temos tempo para ter medo! Charlione, Presente!",
completou.
Pelo Twitter, Fernando Haddad considerou
o crime inaceitável e cobrou medidas rápidas para a solução do caso.
É inadmissível o assassinato de um jovem, Charlione Lessa Albuquerque, que participava de carreata da minha campanha em Pacajus. Ele estava no carro com a mãe celebrando a democracia e acabou morto. É preciso apuração e punição rápida. À família, toda minha solidariedade.— Fernando Haddad 13 (@Haddad_Fernando) 28 de outubro de 2018
NOTA
OFICIAL
É com profundo pesar e indignação que
informamos o assassinato de Charlione Lessa Albuquerque, de 23 anos, filho de
Maria Regina Lessa, Secretária da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, ocorrido no início da noite
deste sábado, 27, na cidade de Pacajus, interior do Ceará, durante uma carreta
em apoio a Fernando Haddad.
O jovem, que trabalhava como servente de
pedreiro, participava ao lado de sua mãe da carreata, que seguia em clima
pacífico e descontraído. Segundo testemunhos, um seguidor do candidato Jair
Bolsonaro (PSL) desembarcou de um carro e disparou vários tiros contra a
manifestação. Após os disparos, o assassino bradou orgulhoso o nome de Bolsonoro.
A CNTRV exige das autoridades cearenses
e nacionais a rápida prisão do assassino e demais participantes do crime e
espera explicações do candidato do PSL à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro,
cujos seguidores agem de forma extremamente violenta, impulsionados por seu
discurso de ódio e intolerância contra opositores.
Na oportunidade, expressamos, nesse
triste momento de dor e perda, a total solidariedade do conjunto de dirigentes
e militantes do ramo vestuário da CUT com a companheira Regina Lessa. Seguimos
combatendo o fascismo, o ódio e a intolerância com as armas da democracia. O
Brasil não é um país intolerante e não podemos permitir que uma candidatura
irresponsável, como a de Bolsonaro, transforme nossa terra pacífica num campo
de guerra.
São Paulo, 27 de outubro de 2018.
Francisca Trajano dos Santos -
Presidenta
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