Ordem
teria sido dada por José Francisco Lumes, o “Zé de Lessa”, líder do “Bonde do
Maluco”, de Salvador. Ele é procurado pela Interpol. Grupo acusado pelo crime
teria ramificações em vários estados do país.
A Secretaria de Segurança Pública do
Maranhão informou nesta terça-feira (27) que a ordem para o assalto a unidade
do Banco do Brasil (BB) de Bacabal veio de fora do país e foi dada por José
Francisco Lumes, conhecido como “Zé de Lessa”, que está sendo procurado pela
Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Segundo a SSP, José Francisco vive no
Uruguai e é irmão do baiano Edielson Francisco Lumes, que morreu no confronto com policiais e teria comandado o ataque à unidade do BB, ao quartel da Polícia
Militar e à Delegacia Regional de Bacabal na noite de domingo (25).
Além de Edielson, a SSP confirmou a
identidade de outros dois assaltantes que morreram no confronto com a polícia.
São eles: O paraense Warley dos Reis Souza, o 'Bombado'; e Gean Martins Rocha,
de Araguaína, no Tocantins.
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A polícia já recuperou mais de R$ 3 milhões que haviam sido furtados por várias pessoas logo após a fuga da quadrilha |
A Secretaria de Segurança Pública
informou ainda que o grupo responsável pelo assalto é formado por quase 80
integrantes e teria ramificações em estados do norte e nordeste. Do ataque em
Bacabal, a polícia acredita que pelo menos 30 homens participaram. Dois dias
depois do crime, um cerco continua montado na região para tentar prender os
criminosos.
“Fizemos um perímetro em volta de
Bacabal, onde acreditamos que os elementos ainda se encontram e a checagem está
sendo feita tanto nas MA’s, quanto nas vicinais, como forma de barreira. Temos
todo o sistema de inteligência trabalhando”, contou o comandante da Polícia
Militar, coronel Jorge Luongo.
Até agora, R$ 3,7 milhões foram
recuperados. O dinheiro estava nas ruas, na unidade do banco e também nas mãos
de moradores. Oito pessoas estão presas e são investigadas, entre elas o
policial militar do Piauí, André dos Anjos de Sousa; e um soldado do Corpo de
Bombeiros do Maranhão, Luís Gustavo Lima Mendes.
“Vamos tipificar a conduta deles nesse
momento como furto. O do Piauí foi autuado, o bombeiro do Maranhão está sendo
autuado e isso é o primeiro momento de atuação por um fato. Mas nós vamos
colocá-los no raio apuratório para saber o que eles, enquanto militares, faziam
no perímetro de prática de roubo a banco”, declarou Jefferson Portela,
secretário de Segurança Pública.
Em coletiva nesta terça (27), o
secretário de Segurança Pública Maranhão, Jefferson Portela, justificou as
razões para o serviço de inteligência não conseguir se antecipar ao ataque.
Segundo o secretário, um dos motivos foi a falta de comunicação do banco com a polícia.
“Todo o dia antes do dia de pagamento
nós temos a operação chamada Maranhão Seguro, que começou ontem. Se o Banco do
Brasil nos avisa, não tinha problema nenhum nós começarmos no domingo e no
sábado porque os nossos homens já estavam em Bacabal, o Cosar. Era simplesmente
isso. Avisou? Tem uma quantia maior fora da rotina? Estaria feito o
policiamento. Não foi avisado, infelizmente”, disse Jefferson Portela.
O Banco do Brasil não comentou as
declarações do secretário da SSP, mas disse que colabora com a polícia para a
elucidação do caso e que a população de Bacabal pode usar os correios e
lotéricas para fazer serviços bancários até que a agência seja restaurada.
Com
informações do G1 Maranhão
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