Gildean
Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram
encontrados mortos na sexta (4) em uma região de mato no bairro Coquilho, onde
moravam.
O sepultamento dos corpos dos três
jovens executados a tiros no povoado Mato Grosso, em São Luís, ocorreu neste
sábado (5).
Os primeiros a serem enterrados no cemitério comunitário, no povoado Coquilho, por volta de 9h30, foram Gustavo Feitosa Monroe, 18, e
Joanderson da Silva Diniz,17. Já Gildean Castro Silva, de 14 anos, foi
sepultado às 14h no mesmo cemitério.
Os três foram encontrados mortos na manhã
de sexta-feira (4) em uma região de matagal, a cerca de 2 km da obra do
residencial do Minha Casa, Minha Vida. Os suspeitos são seguranças que prestam serviços para a Construtora K2. Dois deles seriam policiais militares.
O cortejo com os caixões de Gustavo
Feitosa e de Joanderson da Silva foi acompanhado por centenas de pessoas,
que percorreram o trajeto entre o barracão da comunidade Mato Grosso, onde os
corpos foram velados, até o cemitério comunitário, no Coquilho. Durante o
trajeto, moradores e familiares clamaram por justiça.
Crime
de execução e revolta dos moradores
A princípio, segundo a polícia, os três
rapazes foram mortos por arma de fogo com tiros na nuca. A primeira suspeita é
de que vigilantes de uma área de construção da região teriam cometido o crime.
Dois PMs estaria envolvido no crime.
Segundo informações do avô de um dos
rapazes, as mãos deles apresentavam perfurações provocadas pelos disparos. “Com
certeza, eles estavam com as mãos na cabeça quando foram executados. Além
disso, os corpos apresentavam perfurações de faca e hematomas, o que indica que
eles também foram torturados antes da execução. Pode ser coisa de milícia ou de
grupo de extermínio. Um dos matadores deixou o celular no local, o que está
facilitando a elucidação desse crime bárbaro. Ele é um policial militar. Queremos justiça, com prisão e
punição dos culpados”, disse.
Segundo familiares, eles foram vistos
pela última vez na manhã de quinta-feira (3) em uma área de construção de casas
do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" que está sendo
realizado na região.
Após os corpos terem sido encontrados no
final da manhã de sexta-feira (4), moradores se revoltaram e incendiaram dois
ônibus que fazem o transporte dos funcionários das construtoras da obra. Além
disso, pessoas da comunidade de Coquilho ainda incendiaram o setor
administrativo dos condomínios, quebraram portas, janelas e pias das casas que
estão sendo construídas no local.
Nas proximidades do cemitério
comunitário, ainda na sexta-feira, moradores fizeram bloqueio da estrada
principal e tocaram fogo em duas mortos. Até o início da tarde de hoje, as
carcaças da motocicletas, que teria sido tomadas de seguranças da obra, estavam
no local.
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