Em Brasília para o Fórum de
Governadores, o governador Flávio Dino (PCdoB) divulgou, juntamente com
Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT), uma carta que defende a unidade
dos partidos de esquerda do país, para fazer frente ao governo de Jair Bolsonaro
(PSL).
A avaliação do grupo é que o governo
federal sofre um desgaste precoce, insiste com políticas antipopulares, como a
Reforma da Previdência, e possui despreparo preocupante. Assinam também o
documento o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e a candidata à
vice de Guilherme Boulos nas eleições de 2018, Sonia Guajajara.
“Bom debate hoje com Haddad, Boulos, Sônia Guajajara e Ricardo Coutinho. Grande afinidade na defesa de um Brasil soberano e democrático, que não ‘comemora’ golpe militar. Queremos uma agenda para o Brasil real, com desenvolvimento e geração de empregos”, disse o governador Flávio Dino.
“Bom debate hoje com Haddad, Boulos, Sônia Guajajara e Ricardo Coutinho. Grande afinidade na defesa de um Brasil soberano e democrático, que não ‘comemora’ golpe militar. Queremos uma agenda para o Brasil real, com desenvolvimento e geração de empregos”, disse o governador Flávio Dino.
Leia a carta abaixo:
Brasília, 26 de março de 2019
Reunidos nesta manhã em Brasília,
realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando
o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos
para reflexão de toda a sociedade:
1. Estamos atentos e mobilizados para
evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da
Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos
mais pobres.
2. Do mesmo modo, convidamos para a
defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso
patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais,
como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.
3. Em face da absurda decisão do Governo
Bolsonaro de “comemorar” o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março,
manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos
desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se
manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no
repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo
das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos
movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência
autenticamente democrática.
Nesse contexto, é urgente assegurar ao
ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não
se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em
julgado.
Por fim, essa reunião expressa o desejo
de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer
propostas progressistas para o Brasil.
Fernando Haddad
Ex-candidato a presidente da República
Guilherme Boulos
Ex-candidato a presidente da República
Flávio Dino
Governador do Maranhão
Sonia Guajajajra
Ex-candidata a vice-presidente da
República
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