Do
Diário do Centro do Mundo
Deu na coluna de Lauro Jardim que Jair
Bolsonaro está mandando aliados baterem em Hamilton Mourão.
O jornalista conta que teve acesso a um
áudio de WhatsApp em que Bolsonaro agradece e, “mais grave”, incentiva um
cidadão que lhe contou que estava criticando o vice nas redes.
O deputado pastor Feliciano, lembremos,
resolveu ameaçar Bolsonaro com um pedido
de impeachment baseado numa curtida de Twitter. É sério.
Segue o Lauro:
Em outro diálogo, com uma frase, Bolsonaro
prevê que a batalha doméstica contra o companheiro de caserna vai perdurar
pelos próximos três anos anos.
Mais: dá a entender que pensa mesmo em
disputar a reeleição. “Em 2022, ele vai ter uma surpresinha”.
O vazamento para o Globo não foi por acaso
e a falta de reação da tropa de choque — Carlos não deu chilique para gritar
“fake news” batendo os pezinhos no chão — é sintomática.
A guerra é aberta.
No sábado, dia 20, o canal oficial de
Bolsonaro no YouTube publicou um vídeo de Olavo de Carvalho (no pé do artigo).
Conversando com alguém que não se
identifica por trás da câmera, o guru agride as Forças Armadas depois de uma
sessão de tiro ao alvo em sua casa na Virgínia, nos EUA.
Chama o gafanhoto JB de “mártir”, acusa os
militares de “criar o PT” e ameaça matriculá-los em seu curso online.
Dá uma indireta a Mourão, referindo-se a
alguém “de cabelo pintado e voz impostada”.
“Quem salvou o Brasil dos comunistas foram
as lideranças civis em 1964”, afirma.
Mourão, da última vez em que foi
questionado, mandou um beijo para o desafeto, mas o constrangimento é evidente.
O governo se divide entre a ala
psiquiátrica e a ala militar.
Os olavistas, onde Jair resolveu se
homiziar, são uma ameaça à democracia maior pela simples razão de que são,
sobretudo, celerados com uma agenda mundial.
O que era relativamente mantido debaixo
dos panos está escancarado.
Carlos postou o vídeo do tio esquisitão em
suas redes.
Mourão vai continuar fingindo que ele e o
titular jogam no mesmo time até quando?
Sua frase mais reveladora sobre essa
lealdade meia bomba foi um ato falho diretamente de Washington.
“Estou que nem um paraquedas com
Bolsonaro: estou com ele e não abro”, afirmou.
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