A
Operação Alvo Certo investiga o envolvimento de advogados com uma facção
criminosa que atua na Grande Ilha.
Segundo
a Polícia Civil, os presos são suspeitos de atuarem de forma relevante nessa
organização, fazendo a movimentação financeira e até o cadastramento de integrantes
em uma facção criminosa.
A Polícia Civil do Maranhão apresentou
nesta terça-feira (9) suspeitos de envolvimento com o crime organizado. No
total, 10 pessoas foram presas na operação “Alvo Certo”. Elas são suspeitas de
coordenar e realizar movimentações financeiras e alistamento de integrantes
para facção criminosa que atua no estado.
Foram presos:
- Suena Gusmão Cabral, presa na Vila Riod;
- Lilian Diniz Serra, presa no Coroado;
- Dário Fonseca Oliveira, preso no
Cohatrac, em posse de meio quilo de cocaína, avaliada em R$ 12 mil;
- Rubenal Silva Filho, preso no Pirapora;
- Johnyson Visgueira Gomes, preso na
cidade de São José de Ribamar;
- João Carlos dos Santos Vieira, preso no
Tirirical;
- Janaína Serra, no Cantinho do Céu;
- Davi Andrade preso, também, no Cantinho
do Céu;
- Lilian da Silva Rodrigues, outra
moradora do Cantinho do Céu; e
- Robson Douglas Gomes de Oliveira, preso
no Sacavém.
“São pessoas que articulam a facção
criminosa, financiam, recebem esse dinheiro e aplicam esses valores para
práticas criminosas. Há mulheres, esposas, filhas de presos que pertencem à
facção e que movimentam o dinheiro do grupo”, explicou o delegado-geral da
Polícia Civil, Leonardo Diniz.
Além das prisões, também foram apreendidas
cinco armas e materiais utilizados na organização do grupo, como cadernos de
anotações, notebooks e celulares, entre outros.
“Foram realizadas buscas e apreensões em
diversos bairros da capital, incluindo municípios da Grande São Luís, como em
São José de Ribamar”, detalhou o delegado chefe do Departamento de Combate ao
Crime Organizado da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Gil
Gonçalves.
A operação “Alvo Certo” cumpriu 23
mandados de busca e apreensão, o que incluiu escritórios de advogados. Os
policiais fizeram apreensões nas casas de três advogadas nos bairros do
Vinhais, Liberdade e na Cohab. As buscas também foram feitas em escritórios de
advocacia localizados na Região Metropolitana de São Luís. Nos locais, a
polícia apreendeu computadores e documentos, entre outros materiais para
averiguar se tem relação com o crime organizado.
Há também indícios de que, através dos
advogados, eram trocadas informações entre os integrantes da facção que estão
dentro e fora da prisão. Além disso, os profissionais do direito estariam
fazendo ajustes em um estatuto do grupo criminoso, com uma espécie de lei, regras
e punições.
“Foram feitas buscas porque constatamos
que nas listas da organização havia indícios de uma relação que ultrapassava a
profissional. Encontramos indícios de que havia uma contribuição maior para o
progresso dessas facções”, completou Gil Gonçalves.
Mais de 80 policiais civis participaram da
operação, que vai ter continuidade.
“Nos próximos dias serão cumpridos mais
mandados de prisão e busca e apreensão. A investigação continuará para chegar
ao maior número possível de envolvidos”, afirmou Gonçalves.
Os detidos devem responder por organização
criminosa e tráfico de drogas, sendo que novos crimes podem ser imputados a
eles durante as investigações.
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