Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 9 de abril de 2019

Polícia prende 10 suspeitos de envolvimento com facção criminosa e faz buscas em casas de advogados em São Luís

A Operação Alvo Certo investiga o envolvimento de advogados com uma facção criminosa que atua na Grande Ilha.
Segundo a Polícia Civil, os presos são suspeitos de atuarem de forma relevante nessa organização, fazendo a movimentação financeira e até o cadastramento de integrantes em uma facção criminosa.
A Polícia Civil do Maranhão apresentou nesta terça-feira (9) suspeitos de envolvimento com o crime organizado. No total, 10 pessoas foram presas na operação “Alvo Certo”. Elas são suspeitas de coordenar e realizar movimentações financeiras e alistamento de integrantes para facção criminosa que atua no estado.

Foram presos:

- Suena Gusmão Cabral, presa na Vila Riod;
- Lilian Diniz Serra, presa no Coroado;
- Dário Fonseca Oliveira, preso no Cohatrac, em posse de meio quilo de cocaína, avaliada em R$ 12 mil;
- Rubenal Silva Filho, preso no Pirapora;
- Johnyson Visgueira Gomes, preso na cidade de São José de Ribamar;
- João Carlos dos Santos Vieira, preso no Tirirical;
- Janaína Serra, no Cantinho do Céu;
- Davi Andrade preso, também, no Cantinho do Céu;
- Lilian da Silva Rodrigues, outra moradora do Cantinho do Céu; e
- Robson Douglas Gomes de Oliveira, preso no Sacavém.

“São pessoas que articulam a facção criminosa, financiam, recebem esse dinheiro e aplicam esses valores para práticas criminosas. Há mulheres, esposas, filhas de presos que pertencem à facção e que movimentam o dinheiro do grupo”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Leonardo Diniz.

Além das prisões, também foram apreendidas cinco armas e materiais utilizados na organização do grupo, como cadernos de anotações, notebooks e celulares, entre outros.

“Foram realizadas buscas e apreensões em diversos bairros da capital, incluindo municípios da Grande São Luís, como em São José de Ribamar”, detalhou o delegado chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Gil Gonçalves.

A operação “Alvo Certo” cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, o que incluiu escritórios de advogados. Os policiais fizeram apreensões nas casas de três advogadas nos bairros do Vinhais, Liberdade e na Cohab. As buscas também foram feitas em escritórios de advocacia localizados na Região Metropolitana de São Luís. Nos locais, a polícia apreendeu computadores e documentos, entre outros materiais para averiguar se tem relação com o crime organizado.

Há também indícios de que, através dos advogados, eram trocadas informações entre os integrantes da facção que estão dentro e fora da prisão. Além disso, os profissionais do direito estariam fazendo ajustes em um estatuto do grupo criminoso, com uma espécie de lei, regras e punições.

“Foram feitas buscas porque constatamos que nas listas da organização havia indícios de uma relação que ultrapassava a profissional. Encontramos indícios de que havia uma contribuição maior para o progresso dessas facções”, completou Gil Gonçalves.

Mais de 80 policiais civis participaram da operação, que vai ter continuidade.

“Nos próximos dias serão cumpridos mais mandados de prisão e busca e apreensão. A investigação continuará para chegar ao maior número possível de envolvidos”, afirmou Gonçalves.

Os detidos devem responder por organização criminosa e tráfico de drogas, sendo que novos crimes podem ser imputados a eles durante as investigações.

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