Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Polícia apreende aluno que matou professor a tiros dentro de escola em Valparaíso


A Polícia Civil apreendeu no início da tarde de hoje (01) o adolescente de 17 anos de idade, suspeito de atirar e matar o coordenador do Colégio Céu Azul, professor Júlio César Barroso de Sousa, em Valparaíso de Goiás.

O menor estava na casa de uma amiga da mãe dele, em Novo Gama, no Distrito Federal. Ele foi apreendido por policiais do Grupo de Investigação de Homicídios de Valparaíso. À polícia, o garoto disse que havia passado a noite na rua. Ele foi levado ao Centro de Operações de Segurança de Valparaíso de Goiás.

O professor foi morto com dois tiros dentro da sala dos professores da unidade na tarde de ontem (30). Pela manhã, o aluno teve uma discussão com uma professora e o coordenador interveio. O estudante deixou a unidade ameaçando o profissional. Já à tarde, voltou armado e cometeu o crime.

Ele está no 2º ano do ensino médio e já tem antecedentes por ato infracional "análogo a roubo". Ele entrou no colégio uniformizado e com um revólver na cintura.

O adolescente atirou primeiro nas costas do docente, que tentou correr, mas foi atingido na cabeça quando estava no chão.

"Julio teria dito que iria transferir o aluno, já que ele dava muito problema. Discutiu com uma professora, a xingou e disse que iria matá-la. Então, o coordenador disse que iria mudá-lo de escola e chamaria a polícia. Tudo isso aconteceu de manhã. À tarde ele voltou, e cometeu o crime. Foi a sangue frio", diz o delegado Abrão.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na hora do intervalo. "Houve pânico, corre-corre e gritaria", afirma Abrão. Ele também conta que muitos jovens se esconderam dentro das salas e chegaram a pensar que se tratava de um massacre.

Luto oficial na escola

A secretária estadual de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, determinou a extensão de luto oficial no Colégio Céu Azul, em Valparaíso. A portaria estabelece que as aulas voltem ao normal no dia 13 de maio e não na próxima segunda feira (06), como vai acontecer nas demais escolas estaduais da cidade.

De acordo com Gavioli, deverá ser feito um trabalho de acolhimento com alunos e professores, porque a situação neste momento é muito delicada no local. Polícia Civil prende autor de homicídio contra professor em Valparaíso

Professor assassinado por aluno mudou de colégio neste ano

O professor Júlio César estava há apenas quatro meses na escola estadual Céu Azul, em Valparaíso de Goiás (GO), e era tido pelos colegas como uma pessoa tranquila e educada.

Os colegas de trabalho da vítima se reuniram, na manhã de hoje, em frente à escola para homenagear o professor. Vestidos de preto e exibindo um cartaz de luto na porta do colégio, muitos se sensibilizaram e pediram segurança. O professor era casado e tinha dois filhos: uma menina de três anos e um garoto de seis. Ele morava em Santa Maria, no Distrito Federal.

A coordenadora pedagógica Aline Arantes, de 37 anos, disse que Sousa trabalhava há pouco tempo no local. Apesar disso, já era muito querido pelos alunos. "Ele entrou no colégio em janeiro desse ano. Era muito tranquilo, educando e reservado. Uma pessoa maravilhosa e que vai fazer muita falta. Estamos bem abalados", lamentou.

O velório do professor está marcado para às 19h na Capela Divina Espírito Santo, em Valparaíso. Já o enterro está previsto para às 8h de amanhã no cemitério de Brazlândia.

O crime

Responsável pela investigação, Abrão explica que o crime ocorreu por vingança, já que Sousa, que também era coordenador do colégio, teria repreendido o aluno por ter brigado com uma professora. O adolescente atirou primeiro nas costas do docente, que tentou correr, mas foi atingido na cabeça quando estava no chão.

"Julio teria dito que iria transferir o aluno, já que ele dava muito problema. Discutiu com uma professora, a xingou e disse que iria matá-la. Então, o coordenador disse que iria mudá-lo de escola e chamaria a polícia. Tudo isso aconteceu de manhã. À tarde ele voltou, e cometeu o crime. Foi a sangue frio", diz o delegado.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na hora do intervalo. "Houve pânico, corre-corre e gritaria", afirma Abrão. Ele também conta que muitos jovens se esconderam dentro das salas e chegaram a pensar que se tratava de um massacre.

O delegado explica que o menor foi encontrado na casa de um amigo, no bairro do Pedregal, a 40 minutos de Valparaíso. "A polícia já estava mapeando os trajetos dele. Conseguimos efetuar a apreensão e ele já foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente", diz.

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