Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 14 de maio de 2019

Presos envolvidos na tortura e assassinato de dois jovens na Vila Pirâmide, na Raposa


Policiais do Grupo de Serviço Avançado (GSA) do CPAM 2, comandado pelo Coronel Aritanã, prenderam uma dupla envolvida na tortura e assassinado de dois jovens na Vila Pirâmide, no município de Raposa. O crime, praticado por cerca de 30 integrantes de uma facção criminosa, ocorreu por volta de 18h do último domingo (12).

Os presos foram identificados como Leandro do Nascimento da Silva, conhecido como “Leandrinho”, de 26 anos; e Juarez Silva Ferreira, conhecido como “Homem”, de 25 anos. A prisão dos criminosos ocorreu na Rua do Pequi, na Vila Pirâmide. Na casa de um terceiro suspeito, foi apreendida uma camisa verde e preta com manchas de sangue.

Eles foram apresentados na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), onde “Leandrinho” confessou sua participação e deu detalhes de como ocorreu o crime. Ele afirmou que as vítimas foram mortas por serem de outro bairro e por supostamente integrarem uma facção rival.

Os dois presos foram autuados em flagrante por crime de homicídio (artigo 121 do CP) e por crime de associação criminosa (artigo 288 do CP).

A partir dos depoimentos dos dois presos, a SHPP deverá identificar e prender outros envolvidos nessa ação criminosa.

O crime

Os dois jovens torturados e mortos foram Evanderson Hollyfilder G. Pereira, de 22 anos, e Nathaniel de Sousa Barbosa, de 24 anos, residentes no bairro de Fátima, em São Luís.

No início da tarde de domingo (12), os dois estavam em um bar, quando foram ameaçados por um grupo de criminosos. Preocupados com as ameaças, eles seguiram para a casa da avó, localizada no Recanto dos Poetas, no bairro Pirâmide.

No início da noite, eles foram retirados da casa da avó pelos assassinos e levados a um matagal, na área do Residencial Eugênio Rodrigues, em Paço do Lumiar, no limite com a Vila Pirâmide, onde foram torturados e executados a tiros.

Em vídeos, divulgados em grupos de WhatsApp, os assassinos empurram uma das vítimas e dizem que ele estava com a tropa de Júnior Black, da Pirâmide. “Ele é alemão. Estamos levando ele para uma quebrada”, diz um dos assassinos.

Após interrogatório numa espécie de “tribunal do crime”, os dois foram executados a tiros.

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