Governador do Maranhão
usou o Twitter para falar sobre novas revelações de reportagem do Intercept com
Folha de S. Paulo
O governador do Maranhão Flávio Dino
(PCdoB) questionou o procurador da República e coordenador da força-tarefa da
Operação Lava Jato Deltan Dallagnol a respeito das novas revelações trazidas à
tona hoje (12) em reportagem do site The Intercept Brasil com o jornal Folha de
S. Paulo.
“As reportagens de hoje autorizam a
pergunta: a tal Fundação de R$ 2,5 bilhões seria uma empresa de palestras,
objetivando lucros pessoais ? E agentes da Justiça podem obter ganhos pessoais
associados à superexposição midiática com PowerPoint e coisas similares?”,
questionou Dino, que também é ex-juiz federal.
A referência feita pelo governador é a uma
fundação que seria criada com os recursos de uma multa de R$ 2,5 bilhões paga
pela Petrobras ao governo dos Estados Unidos. A intenção dos procuradores era
que esses recursos fossem destinados a um fundo gerido pelo Ministério Público
Federal (MPF), incluindo alguns dos principais personagens da força-tarefa da
Lava Jato.
Após a divulgação da intenção dos
procuradores de criarem a fundação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF , concedeu liminar, a pedido da procuradora-geral da
República (PGR) Raquel Dodge, para suspender o acordo firmado entre a Petrobras
e procuradores da Lava-Jato. Ele também determinou o bloqueio de todos os
valores depositados pela empresa, que permanece em depósito judicial até que a
Corte tome decisão definitiva a respeito do episódio.
Paulo Pimenta vai de novo ao CNMP
Também por meio de seu perfil no Twitter,
o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) anunciou que vai retornar ao Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) para denunciar Deltan Dallagnol.
“Na época quando eu e Wadih Damous
(advogado e ex-deputado federal) denunciamos os incautos acharam exagero.
Afinal de contas, ele só queria promover a cidadania e o combate a corrupção. E
agora ?? #VazaJato Voltaremos ao CNMP para que toda verdade seja esclarecida e
possamos saber quanto e como ele recebeu”, postou.
Em junho de 2017, os parlamentares
enviaram uma reclamação disciplinar contra Deltan para o Conselho Nacional do
Ministério Público. Eles alegavam que o procurador estaria exercendo atividade
comercial por meio de palestras. Em novembro, o Conselho arquivou a
representação, justificando que procuradores da República podem ministrar
palestras, atuação que estaria inserida no conceito de docência, atividade
autorizada por lei.
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