Ele foi flagrado tomando
café na lanchonete do Einstein, hospital mais caro do país, onde continuaria
fazendo tratamento de um câncer
A revista Veja respondeu a uma das maiores
indagações do governo Jair Bolsonaro: onde está Queiroz? Reportagem divulgada
nesta sexta-feira (30) revela que o miliciano, famoso na comunidade de Rio das
Pedras, no Rio de Janeiro, que atuou junto à família Bolsonaro, mora hoje no
Morumbi, bairro de classe alta da Zona Sul de São Paulo, bem próximo ao
Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país, onde continua o tratamento
contra um câncer.
Fabricio Queiroz, que atuou como assessor
de gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj) e protagonizou o primeiro escândalo da era Bolsonaro, foi flagrado
tomando café tranquilamente, sem ser importunado por ninguém, segundo a
revista, na lanchonete do hospital Albert Einstein, às 17h50 da segunda-feira,
dia 26.
Citando uma “pessoa próxima”, a cirurgia a
que ele foi submetido não resolveu o problema do tumor.
O deputado estadual Rodrigo Amorim
(PSL-RJ), trocou mensagens com Queiroz há alguns meses. “Ele escreveu que ainda
estava baqueado”, conta. No aspecto físico, Queiroz não aparenta seu delicado
estado de saúde. Está apenas ligeiramente mais magro do que no ano passado.
Escândalo
A última aparição de Queiroz foi no mesmo
Einstein, no dia 12 de janeiro. O ex-assessor do filho do presidente postou um
vídeo na internet, no qual aparecia dançando no hospital durante a recuperação
da cirurgia.
Queiroz ficou conhecido no país todo
depois do escândalo da movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta,
quando trabalhava para Flávio Bolsonaro.
A tese do Ministério Público é que o
dinheiro veio através de um sistema de coleta e de repasse de funcionários do
gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. O MP
também encontrou emissão de cheques de Queiroz, no total de R$ 24 mil, para a
conta de Michelle Bolsonaro, então futura primeira-dama.
Tratamento caro
Queiroz ficou internado no Einstein de 30
de dezembro de 2018 a 8 de janeiro de 2019. Submeteu-se à cirurgia conduzida
pelo gastroenterologista Pedro Mello Borges, o mesmo médico que o atende até
hoje.
Após deixar o hospital, o jornal O Globo
divulgou que o tratamento havia custado R$ 133.580 e tinha sido pago em
dinheiro vivo. A informação foi ratificada pelo advogado de Queiroz, Paulo
Klein.
Ainda de acordo com a reportagem da Veja,
o ex-assessor do filho do presidente continua tendo acesso ao que há de melhor
em termos de medicina no país.
Segundo uma pessoa próxima, em contato com
a revista, Queiroz sofre com novos sangramentos. Uma das possibilidades é a
volta do câncer. Procurado por Veja, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro não quis
se pronunciar.
Da Revista Fórum
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