O presidente Jair
Bolsonaro (PSL) disse que pegou as gravações da portaria do seu condomínio
Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, e falou ainda em um suposto risco de adulteração
do material.
Nesta semana, uma reportagem do Jornal Nacional mostrou o
depoimento do porteiro que vinculou o presidente às investigações
sobre o assassinato de Marielle Franco (PSOL).
"Agora, eu
estava em Brasília, está comprovado. Várias passagens minhas pelo painel
eletrônico da Câmara, com registro de presença, na quarta-feira geralmente
parlamentar está aqui. Eu estava aqui, não estava lá. E outra, nós pegamos [as
gravações], antes que fosse adulterado, que tentassem adulterar. Pegamos lá toda
a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de anos. A voz não é
a minha, não é do 'seo Jair'. Agora, o que que eu desconfio? Que o porteiro leu
sem assinar ou induziram ele a assinar aquilo. Agora quem está por trás disso?
Governador, Wilson Witzel", declarou.
O presidente deu
as declarações durante entrevista a jornalistas, quando foi retirar uma
motocicleta que comprou, em Brasília. Ele não deixou claro por quem ou por qual
motivo o conteúdo seria adulterado.
Bolsonaro também
não deixou claro em qual data pegou as gravações do condomínio. Na quarta-feira
(30), o filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), mostrou gravações da
portaria do condomínio e não havia registros de ligações do porteiro para seu
pai.
Nesta semana, o
Jornal Nacional apontou que o porteiro do condomínio de Bolsonaro, em
depoimento, disse que um dos suspeitos de assassinar Marielle, Élcio Queiroz,
pediu autorização na casa de Jair Bolsonaro para entrar. Após a ligação, ele
seguiu para casa do comparsa Ronnie Lessa.
O Ministério
Público desmentiu o depoimento do porteiro.
Com informações do UOL e O Globo
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