O homem identificado como Luís Henrique
Costa Freire, de 54 anos, que atropelou e matou o PM Wennison Jansen Amorim, de
35 anos, na Avenida dos Africanos, em São Luís, no dia 04 de setembro de 2018,
continua em liberdade e sem nenhuma previsão de ir a julgamento.
O processo está parado na 5ª Vara
Criminal. A última movimentação foi no dia 19 de março deste ano com o registro
da entrega de um ofício na Central de Mandados.
Luís Henrique Costa Freire é esposo da
vereadora Neide Viana, da cidade de Vargem Grande, a 174 km de São Luís.
Em contato com o blog, um amigo do PM
Wennisson disse que a família está inconformada com o descaso da Justiça. “Queremos
justiça, estamos aguardando a audiência e nada. O condutor do veículo estava alcoolizado,
amanhecido de comemorar seu aniversário. O soldado Jansen morreu, deixando um
filho pequeno, e nada feito”, disse.
Pelas informações, Luís Freire, que
fugiu do local do acidente, dirigia sob efeito de álcool. Ele foi preso em seguida, em uma residência de
parentes, no Parque Amazonas, em São Luís. O veículo prisma, de placa PMD-2472,
foi apreendido e ele foi conduzido para autuação em flagrante. Após
pagar fiança, o atropelador foi liberado.
Informações que circularam em grupos de
whatsapp, no dia do acidente, davam conta que teria ocorrido uma discussão no
trânsito entre o motorista e o PM. Revoltado, Luiz Freire teria jogado o carro
para cima do militar. Essa informação não foi confirmada pela polícia.
Dois
pesos e duas medidas?
É bom lembrar que, em outros casos de
crimes no trânsito, a Justiça tem sido mais célere. Noutros, criminosos pagam
fiança e permanecem em liberdade, sem preocupação com julgamentos.
Na segunda-feira (02), por exemplo, em
Paço do Lumiar, foi julgado o motorista que atropelou e matou o médico Luís
Carlos Muniz Cantanhede, em 25 de março de 2018. Gilson Carlos Barros Ferreira,
que está preso desde o dia do crime, foi condenado a 9 anos de prisão.
Pergunta-se: se esse motorista está
preso desde o dia do acidente, porque o marido da vereadora está em liberdade e
o processo parado desde março?
Com a palavra, a juíza da 5ª Vara
Criminal de São Luís.
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