Na manhã desta quarta-feira (18),
moradores da área denominada Malvinas, no bairro Sá Viana, em São Luís,
impediram que máquinas da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos
(Semosp) fizessem a derrubada de aproximadamente 12 casas situadas na lateral
de uma escadaria destruída pelas chuvas, e interditada desde abril deste ano.
Os imóveis estão desocupados e os
proprietários estão recebendo o benefício do aluguel social, mas não estão conformados com a situação. A promessa é de
que eles sejam beneficiados com imóveis do programa Minha Casa Minha Vida.
“Nós
esperamos que a Prefeitura indenize nossa casas. Todas são legalizadas. Não
estão em área de invasão. Nós só aceitamos ir para o Minha Casa Minha Vida se o
imóvel estiver quitado. Com esse desemprego quem terá condições de pagar
prestação?”, desabafa uma moradora.
Os moradores lamentam o descaso da
Prefeitura de São Luís por não ter recuperado a escadaria e nem construído um
muro de arrimo para evitar o desmoronamento da estrutura.
“Desde abril está esse descaso. A Prefeitura teve tempo de sobra para reconstruir a escadaria e o muro de arrimo. Os moradores ainda
iniciaram, por conta própria, a recuperação da escadaria, mas não tem mais
condições. O secretário de obras esteve aqui e prometeu dar 40 sacos de cimento.
A obrigação de fazer a obra é da Prefeitura. Como o período chuvoso está de
volta, eles resolveram aparecer para derrubar as casas, sem nenhuma solução
definitiva para o problema”, diz outra moradora.
Com houve reação dos moradores, máquinas
e caçambas deixaram o local no momento em que a reportagem do blog chegava ao
local para registrar a situação.
Membros da Defesa Civil estiveram no
local para falar dos riscos e da necessidade de demolição dos imóveis. Segundo
Elitânia Barros, o papel da Defesa Civil é trabalhar preventivamente para
evitar tragédias, principalmente com a chegada do período chuvoso. Ela
acrescentou que a demolição dos imóveis é necessária para que a Prefeitura faça
a recuperação da escadaria e construção do muro de contenção.
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