Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Após ser traída, mulher forja o próprio sequestro para se vingar e acaba condenada em Buriticupu

Ela chegou a confessar que tirou fotos seminua e amarrada para reforçar a sua falsa narrativa.

A mulher identificada como Francisca Raquel foi condenada após forjar seu próprio sequestro para se vingar contra o namorado, por ter descoberto suposta traição por meio de um aplicativo de celular. O caso aconteceu em Buriticupu, a 411 km de São Luís.

O juiz Raphael Leite Guedes, da 1ª Vara da comarca, aplicou a pena de dois anos de reclusão em regime aberto e 10 dias de multa. A pena foi substituída por prestação de serviços comunitários gratuitos, mas ela também terá que ficar em casa aos sábados e domingos, por cinco horas diárias (das 0h às 5h).  

Ela foi condenada por crime previsto no art. 339 do Código Penal, onde diz que é crime “dar causa a instauração de investigação policial contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente”.

O caso

Segundo a polícia, no dia 15 de maio de 2018, a mulher foi à delegacia de Buriticupu afirmando ter sido sequestrada por dois criminosos armados com revólver. Ela disse que os dois a obrigaram a entrar em um veículo, de olhos vendados e com pés e mãos atadas. Depois foi levada para um povoado na saída do município.

Na denúncia, ela disse que os sequestradores mostraram para ela a foto da mandante do crime. Essa suposta 'mandante' do sequestro seria uma mulher que tinha um caso com seu namorado.

Durante as investigações, a polícia apurou que a denunciante simulou seu próprio sequestro. Ela acabou confessando ter armado a situação e que tirou fotos seminua e amarrada para reforçar a sua falsa narrativa. A trama foi uma forma de vingança por ela ter descoberto que seu namorado a teria traído com a outra mulher.

A falsa denunciante também afirmou estar arrependida e que tudo foi feito em um “momento de fraqueza causado por abalo emocional decorrente de traição e provocações da mulher”.

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