Em
apenas três dias, ao menos três casos envolvendo PMs estão sendo investigados
no MA. Coronel diz que os militares ficam em funções administrativas até que
tudo seja esclarecido.
Em
três dias, três casos envolvendo policiais militares começaram a ser
investigados por supostos crimes no Maranhão
O Comando da Polícia Militar no Maranhão disse nesta quarta-feira (29) que policiais investigados por supostos crimes são afastados
das ruas, mas que é essencial que haja uma apuração de cada fato.
O comandante da PM no Maranhão, Coronel
Ismael Fonseca, explicou ainda que é preciso seguir as leis. Cada militar
investigado é afastado das ruas, mas não pode, a princípio, ser afastado
totalmente de suas funções na polícia.
"Primeiro tem que se inteirar dos
fatos. Todos os agentes a gente afasta e coloca em atividades administrativas.
O policial, assim como o servidor, ele só recebe o dinheiro se trabalhar. Então
ele precisa produzir alguma coisa. O que não pode fazer é deixar ele em casa,
sem fazer nada, porque eles estariam lesando o erário público. Enquanto isso,
eles também estarão respondendo o processo deles", afirmou o coronel.
Casos
sendo investigados
Em apenas três dias, três casos
envolvendo policiais militares estão sendo investigados por indícios de crime.
No sábado (25), o PM Carlos Eduardo foi preso após matar Bruna Lícia e José
Willian no Condomínio Pacífico I, em São Luís. Carlos vivia em união estável
com Bruna e teria flagrado uma traição. Após o caso, o policial foi levado a um
presídio militar.
Após a repercussão do caso, o soldado
Tiago de Jesus, que também é assistente social do Núcleo de Saúde da Polícia
Militar, usou uma rede social para defender o homicídio e chega a xingar a
vítima assassinada.
Já na segunda (27), em outro caso, o
jovem de 20 anos, Marcos Matheus Andrade de Melo, foi morto após ser baleado
durante uma operação policial no bairro Baixão, na área do Jardim São
Cristóvão. As primeiras informações não apontam indícios de que Marcos tinha
ligação com a operação.
Familiares dizem ainda que Marcos chegou
a suspender os braços, disse que não era criminoso, mas ainda assim foi
alvejado na porta de uma residência por um tiro de fuzil.
Amigos e familiares do jovem interditaram a
Avenida Guajajaras por três horas, na manhã desta quarta-feira (29), em
protesto contra a ação policial desastrada que terminou na morte de Marcos
Matheus. Para a família, ele foi executado.
O protesto foi encerrado por
volta das 13h40 após o secretário da Segurança, Jefferson Portela, prometer que
receberia familiares do jovem na tarde desta quarta-feira.
De acordo com o Coronel Ismael, cada
caso está sendo apurado e os militares serão responsabilizados, caso haja
comprovação dos crimes.
"Se ele está de folga vai responder
o que? Civilmente. Agora se ele está de serviço e entra numa ocorrência, aí eu
baixo um inquérito policial militar, que vai apurar. Todos os casos estão sendo
apurados", afirmou.
Com informações do G1 MA
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