Empresária
Mayara Jennifer Machado Sipaúba teve o carro alvejado por bala na noite de
segunda-feira (30), quando trafegava pela Avenida São Luís de França, no bairro
Turu.
Uma empresária identificada como Mayara
Jennifer Machado Sipaúba teve o carro alvejado por bala na noite de
segunda-feira (30), quando trafegava pela Avenida São Luís de França, no bairro
Turu, em São Luís. A polícia está investigando o caso como uma possível
tentativa de feminicídio.
A empresária Mayara Jennifer diz que
após o ocorrido a sensação de medo tomou conta dela. “Medo. Eu estou com aquela
angústia. Tou o tempo todo olhando prum lado, pro outro pra vê se tem alguém me
seguindo”.
A tentativa de feminicídio foi
registrada por meio de câmeras de uma loja que fica situada em frente ao local
onde aconteceu o crime. Na gravação, um carro branco se aproxima do veículo em
que Mayara e o namorado se deslocavam e atira em direção deles. A empresária
revela que está em choque desde então.
"A filmagem da gente passando com o
carro e logo atrás o carro branco que tá do lado esquerdo passa pra trás do
carro bem devagarzinho e tem o disparo na lateral do carro. Foi horrível. Eu tô
em choque até agora”, contou Mayara Jennifer Machado.
O vidro traseiro do carro de Mayara
ficou estilhaçado após os disparos de arma de fogo e exatamente do lado
passageiro, onde ela se encontrava. O caso está sendo investigado como uma
possível tentativa de feminicídio.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o 5º país no mundo com maior taxa de assassinatos e tentativas de assassinatos de mulheres.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o 5º país no mundo com maior taxa de assassinatos e tentativas de assassinatos de mulheres.
No Maranhão, só no ano de 2019 foram
registrados 48 casos de feminicídios. Nove aconteceram na Região Metropolitana
de São Luís. Outro dado que chama a atenção, é que a maioria das vítimas nunca
havia procurado ajuda das instituições de proteção à mulher, porque muitas
vezes nem se dão conta de quando ou como começaram a ser vítima de uma relação
abusiva.
Susan Lucena, diretora da Casa da Mulher
Brasileira, na capital, afirma que a maioria das vítimas confundem o relacionamento
abusivo com cuidado excessivo.
“É muito comum que as vítimas de
relacionamento abusivo não percebam que estão em um relacionamento abusivo
porque ela confunde com cuidado. ‘Nossa ele não quer que eu fale com aquela
minha amiga, ele se preocupa comigo, com quem eu ando, com quem eu falo, com a
roupa que eu visto, me ama, tem cuidado’. Na verdade isso não é um cuidado.
Isso já passa a ser um relacionamento abusivo que a mulher só percebe ao sair
desse relacionamento”.
A orientação das instituições de
proteção à mulher é que a qualquer sinal de uma relação abusiva a vítima
precisa buscar orientação especializada. A Casa da Mulher Brasileira, em São
Luís, funciona 24 horas.
Por Regina Sousa/G1 MA
Nenhum comentário:
Postar um comentário