Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Número de pacientes em tratamento de hemodiálise em unidades estaduais cresceu mais de 1000%


O sangue deixa o corpo por meio de um cateter e, por cerca de três horas, é filtrado em uma máquina. Com ele filtrado, o paciente volta para casa. O processo chamado de hemodiálise precisa ser feito três vezes na semana e representa para as pessoas com doença renal crônica a sobrevivência. No Maranhão, a assistência a esse público avançou nos últimos anos. De 2014 para 2019, houve o aumento de 1.063% dos pacientes em tratamento em unidades da gestão estadual.

Em 2014, apenas 100 pacientes estavam em tratamento no Hospital Dr. Carlos Macieira, única unidade estadual que oferecia a terapia de substituição renal na época. Atualmente, 1.163 têm acesso ao serviço de hemodiálise em oito pontos de atendimento nas cidades de Chapadinha, Pinheiro, Bacabal, São Luís, Açailândia, Caxias e em Floriano (PI), através de convênio.

“A expansão do serviço atende uma necessidade crescente da população e demonstra a seriedade com que a gestão realizada pelo governador Flávio Dino trata a saúde no Maranhão. Existia um déficit histórico, que temos solucionado gradativamente e com responsabilidade, levando esse tratamento para mais perto dos pacientes”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula.

No ano que vem, o Serviço de Hemodiálise de Balsas, no sul do estado, deve ser iniciado com 10 cadeiras, reforçando ainda mais a rede de atendimento. A ordem de serviço para implantação do serviço no Hospital Regional de Balsas foi assinada dia 14 de dezembro. A capacidade instalada será de 60 pacientes por mês, totalizando 780 atendimentos por mês.

São Luís

O ex-motorista Flávio Soares Santana, 31 anos, foi um dos beneficiados com a entrega, em setembro, do Centro de Hemodiálise São Luís, no Monte Castelo. Antes ele estava realizando o procedimento no Hospital Dr. Carlos Macieira, mas o novo espaço ficou mais acessível, pois fica perto de onde mora. “Para todos que estamos nessa luta de tratamento é bom demais. Estou no luxo. Aqui, ficou mais perto de casa. As pessoas que trabalham aqui são delicadas com a gente”, relata.

O paciente descobriu que precisava do tratamento em fevereiro ao realizar exames de rotina. Dias depois do diagnóstico, estava realizando a primeira sessão de hemodiálise em São Luís. Natural de Alto Alegre do Pindaré, ele passou a morar na capital e aprova a nova política de expansão. “Pelo que temos visto no dia a dia, para nós pacientes, ele [Flávio Dino] está fazendo um ótimo trabalho, porque cada inauguração dessa é um sonho para o paciente”, comenta.

O Centro de Hemodiálise São Luís possui 40 poltronas de diálise e tem a capacidade para atender 240 pacientes. No momento, 92 pacientes de 25 municípios diferentes fazem acompanhamento no local, que conta com médicos e equipe multiprofissional.

Expansão do serviço

A assistência a pacientes renais crônicos, caracterizado pelo comprometimento dos rins, foi expandida desde 2015. Antes, estavam sob gestão estadual 25 poltronas de diálise no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís. Hoje, são 222, localizadas em São Luís (67), Bacabal (51), Caxias (59), Açailândia (28), Chapadinha (8) e Pinheiro (9).

Antes de 2015, a capacidade instalada de atendimento da gestão estadual era de 100 pacientes. Com a abertura de novos serviços e ampliação de turno nos já existentes, essa capacidade instalada passou para 1.332 pacientes, um acréscimo de 1.232%. Considerando os 94 pacientes atualmente atendidos no município de Floriano (PI) através de uma pactuação com o Governo, essa capacidade sobe para 1.426 pacientes (+1.326%).

Segundo a diretora administrativa do Centro de Hemodiálise São Luís, Patrícia Ferreira, a oferta das poltronas teve um impacto significativo na vida dos pacientes e em toda a rede de saúde. “Observamos todo dia a felicidade dos pacientes com o novo ambiente, onde não falta nada. Conseguimos tirar de unidades estaduais e dos municípios pacientes que estavam internados só para fazer a hemodiálise, liberando leitos”, afirma.

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