terça-feira, 28 de janeiro de 2020

PM que fez apologia ao feminicídio é suspeito de agredir e ameaçar pessoas em festa de aniversário; Jefferson Portela garante que ele será investigado

O PM Thiago de Jesus, que fez apologia ao feminicídio, é suspeito de agredir e ameaçar pessoas em uma festa de aniversário. A denúncia foi feita por uma amiga da mulher que revelou a forma como o militar defendeu o colega de farda, Carlos Eduardo Nunes, que matou a companheira e o amigo dela.

Ela diz que se sentiu encorajada a denunciar o fato após saber que ele será investigado por apologia ao crime.

Segundo a mulher, há algum tempo, ela, o namorado e um amigo estavam em uma festa de aniversário, onde o PM também se encontrava. Era um fim de semana e ele estava fora do horário de serviço. O PM teria se irritado com uma conversa sobre a legalização das drogas que o grupo estava tendo. “Ele se descontrolou e ameaçou atirar na gente. Chegou a dar um tapa na cara do meu amigo, tirou até a arma da cintura”, diz a denunciante.

Ela acrescenta que ninguém denunciou nada por medo e que criou coragem de falar agora porque viu que uma amiga comentou sobre o caso. “Assim que vi a foto dele, lembrei”, diz.

Ela finaliza afirmando que os três foram embora morrendo de medo. “Eu só conseguia chorar de desespero. A gente saiu e ele continuou ameaçando, dizendo que ia achar onde a gente fosse”, finaliza.

Secretário Jefferson Portela garante que o PM será investigado por apologia ao feminicídio
O secretário de Estado da Segurança, Jefferson Portela, disse que o policial militar Thiago de Jesus será investigado por apologia ao crime. 

Nas redes sociais, o PM fez comentários que culpam vítima em um caso de feminicídio registrado no fim de semana na capital.

"Continuem traindo seus homens. Jaja tomarão o mesmo destino dela. Ela sabia as consequência da merda que ela estava fazendo", escreveu o PM. Pelas informações, pós a repercussão, ele apagou seus perfis nas redes sociais.

“Feminicídio é crime e como tal deve ser tratado por todos os integrantes do Sistema de Segurança. Informo que foi instaurado procedimento para apurar a conduta do Soldado PM Tiago de Jesus”, disse Portela, nas redes sociais.


Bruna Lícia foi morta a tiros, juntamente com o amigo Willian Santos, pelo companheiro, o PM Carlos Eduardo Nunes, na tarde de sábado (25), no condomínio Pacífico 1, no bairro Vicente Fialho.



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