O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
comentou a participação de Jair Bolsonaro na "carreata da morte",
protesto de apoio a Bolsonaro, contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e
contra do Supremo Tribunal Federal (STF) que aconteceu neste domingo (3) em
Brasília.
Dino afirmou que a declaração de Bolsonaro sobre não
aceitar "interferências" em seu governo diz respeito ao desejo de
implantar uma ditadura no Brasil.
"Bolsonaro diz que quer um governo 'sem
interferências', ou seja, uma ditadura. É da essência da tripartição funcional
do Estado que os Poderes interfiram uns nos outros. Na verdade, Bolsonaro está
com medo da delação de Moro e de ser obrigado a mostrar o exame do
coronavírus".
Flávio Dino também comentou as agressões sofridas
por profissionais da imprensa durante a manifestação.
"Não são 'apoiadores'. Crescentemente adotam
comportamento de milícias, que pela força física tentam impor suas ideias. Há
meses promovem agressões impunemente. Jornalistas, Sergio Moro, Alexandre de
Moraes são apenas as vítimas mais recentes".
Bolsonaro chegou a dizer que as Forças Armadas estão
prontas, insinuando a possibilidade de um golpe militar. No entanto, o
governador fez questão de ressaltar que o poder militar é subordinado aos três
poderes.
“As Forças Armadas devem obediência ao Supremo, e
não o contrário. O poder militar é subordinado aos TRÊS Poderes. Aliás,
qualquer deles pode determinar a garantia da lei e da ordem em face de ações
desses grupelhos de agressores. Está no artigo 142 da Constituição Federal”,
disse Dino.
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