Durante coletiva virtual, na manhã da
sexta-feira (19), o governador Flávio Dino se mostrou, mais uma vez, indignado
com o compartilhamento de notícias falsas na internet. Segundo Dino, é
criminosa a tentativa de atribuir ao Maranhão a ilegalidade na compra de
respiradores.
“Há uma distorção criminosa, como se o
Maranhão fosse autor de algo errado, não somos, somos vítimas do descumprimento
de um contrato celebrado pelo consórcio com empresas”. Flávio Dino, ao que
indica, referia-se às publicações feitas pelo deputado estadual Wellington do
Curso, que tenta há semanas, mesmo diante de incansáveis explicações, atribuir
ao Estado a compra ilegal de respiradores, a partir de um contrato feito pelo
Consórcio Nordeste e não cumprido pela empresa chinesa.
Sem citar nomes, Dino disparou: “há
informações criminosas circulando na internet, de gente que nao tem coragem,
que inclusive se esconde atrás da imunidade parlamentar para mentir e que
ignora os esclarecimento que já foram feitos”.
E com paciência se desdobrou mais uma vez
em esclarecer o caso. O Consórcio Nordeste - do qual o Maranhão e demais estado
da região integram a fim de facilitar aquisição de produtos por meio de compras
coletivas - realizou dois contratos que foram frustradas. O Governo do Bahia,
que preside o Consórcio, denunciou e recorreu à Justiça baiana assim que
identificou irregularidade por parte das empresas, nas duas compras. Na
primeira, o valor já foi reavisto para o Consórcio, que repassou as quantias
aos estados, incluindo o Maranhão. A segunda tomou contornos maiores, inclusive
com prisão de empresários e bloqueio de contas. Para esta, aguarda-se decisão
da Justiça da Bahia para devolução do dinheiro que foi investido.
Flávio Dino ressaltou, então, que os
estados nordestinos são, portanto, vítimas e não culpados por qualquer crime,
como a narrativa do deputado tenta há semanas emplacar. Ele ainda lembrou que o
mesmo problema já aconteceu com o estado de São Paulo e também com o próprio
Governo Federal, do qual Wellington do Curso é aliado.
Durante a coletiva, o governador ainda destacou
que tanto as compras de respiradores feitas individualmente pelo Maranhão,
quanto as que foram fruto de doações de empresas foram cumpridas a contento,
mesmo quanto foi preciso recorrer à Justiça para isso.
“Lembremos que não havia oferta de respiradores
no Brasil, os governos estaduais foram abandonados a sua própria sorte, o
Governo Federal disse “se virem”, e nós tivemos que buscar respiradores em
qualquer país do planeta, os fabricantes brasileiros não tinham oferta. Eu tive
que ir à Justiça para receber respiradores que nós compramos e pagamos”,
relatou.
Diante da constante pergunta do porquê do
pagamento antecipado, sem o produtos em mãos, Dino fez questão de deixar claro:
“porque a lei manda. A medida provisória editada pelo presidente Jair
Bolsonaro, foi ele que editou a medida provisória que prevê o pagamento
antecipado”.
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