Em meio ao cenário de prejuízos causados
pela pandemia do novo coronavírus, o Maranhão está entre os estados do país que
teve queda nas mortes pela doença, segundo levantamento nacional.
O estado apresentou 33% de redução nos
óbitos, apontam dados de pequisa do G1/Consórcio de Veículos de Imprensa.
Paralelamente, é o primeiro do Nordeste e o quarto estado do país na geração de
empregos, segundo o Governo Federal, por meio do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Outro dado positivo se refere aos leitos para
atendimento da doença, com apenas 46% ocupados, que significa alta na oferta de
leitos para outros atendimentos.
“Isso significa a confirmação de uma
trajetória conquistada arduamente, e faço o convite para que continuemos com a
atitude que tivemos até aqui, com menos danos que em outros locais. É um indicador altamente relevante e que levamos
alguns meses para conquistar. A expectativa é que essa curva continue
declinante para agosto”, pontuou o governador Flávio Dino em coletiva de imprensa
pelas redes do Governo do Estado, na manhã desta sexta-feira (31).
A tendência de redução se repete ainda na
utilização dos leitos exclusivos para coronavírus. A ocupação destes leitos
está em apenas 46%, representando alta oferta destes, disponibilizados para
outros procedimentos que a rede estadual de saúde atende. “Com isso, pode-se
pensar na plena retomada destes leitos para outros atendimentos médicos”,
reforça o governador.
A queda reflete também no setor da
economia. Em levantamento do Governo Federal, por meio do Caged, referente a
junho, o Maranhão teve a maior geração de empregos formais do Nordeste e é o
quarto do Brasil em maior geração de empregos, com 3.907 postos de trabalho
gerados.
“Queremos que o Brasil vença as
dificuldades, e o Maranhão em particular. Nosso governo apoia o
empreendedorismo e em nome dessa geração de empregos, precisamos cumprir as
normas sanitárias vigentes”, alerta o governador.
O governador ressaltou que o Estado está em
um processo de abertura econômica, iniciado em maio. São quase R$ 2 bilhões de
investimentos em andamento no Maranhão, o que significa milhares de empregos,
citou o governador.
“Estamos conseguindo avançar na
flexibilização da economia, conforme atesta o Governo Federal”, reforça. Dino
lembra que a medida foi corajosa e bastante criticada. “Porém, sustentamos essa
posição e os resultados positivos estão aqui”, enfatizou.
Flávio Dino lembrou a impossibilidade, no
cenário atual, da promoção de eventos que causem aglomerações e que estes serão
fiscalizados pelos órgãos competentes.
“Este não é o momento ainda. O que se
discute aqui é o cumprimento das normas sanitárias. É um processo contínuo.
Estamos analisando tecnicamente pleitos diversos e veremos o que é razoável
liberar”, informou.
No esporte, os procedimentos são pactuados
entre a Secretaria de Estado de Desportos e Lazer (Sedel) e as agremiações
esportivas. Dino ressalta que estão mantidos pagamentos referentes às leis de
incentivo ao esporte.
Na educação, o governador pontuou a
proposta tratada com a comunidade escolar e gestores do retorno das aulas no
dia 10 de agosto, para alunos 3º ano do Ensino Médio. O prazo foi alterado,
devido solicitação de pais e comunidade escolar.
“Tivemos um fato novo, não de ordem
sanitária, mas de insegurança das famílias dos estudantes. Insegurança essa que
foi justificada e é compreensível. Portanto, vamos aguardar um pouco mais para
este retorno”, informa o governador. O cronograma da rede pública de ensino se
mantém com as aulas não-presenciais (vídeos, rádios e internet).
Para a rede escolar privada, a orientação
do governador é que as possibilidades sejam avaliadas entre a escola e as
famílias; e no município, fica a critério do gestor municipal, diante da
avaliação das condições. Dino lembra que, por se tratar de relação de consumo,
havendo retorno, haverá também fiscalização dos órgãos competentes, para
constatar o cumprimento das normas sanitárias. “Vamos nos proteger do
coronavírus até que a ciência encontre uma vacina e consigamos debelar essa doença”,
concluiu Flávio Dino.
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