Segundo
duas fontes policiais que acompanham o caso, ele se justificou dizendo que
tinha uma 'relação consensual' com a garota
Em depoimento de mais de duas horas em
Vitória (ES), o suspeito acusado de estuprar e engravidar a sobrinha de 10 anos
admitiu o crime. Segundo duas fontes policiais que acompanham o caso, ele se
justificou dizendo que tinha uma “relação consensual” com a garota. Pelos olhos
da lei – e da moral e da ética – não há possibilidade de relacionamento sexual
com crianças menores de 14 anos, o que é considerado uma prática criminosa, com
ou sem consentimento.
Às autoridades, a garota relatou que era
abusada e sofria ameaças do tio. Ele manteve a versão do que disse em vídeos
divulgados nas redes e tentou imputar também a outros membros da família o
crime sexual. A polícia, no entanto, descarta essa versão.
O homem já foi indiciado pela Polícia Civil
e denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo por estupro de
vulnerável e ameaça, com o agravante de ser familiar e ter gerado uma gestação.
O caso aconteceu em São Mateus, no Norte do
Espírito Santo. No último dia 7, a menina foi ao hospital por causa de dores
abdominais e descobriu que estava grávida de cinco meses. Na ocasião, ela
contou às autoridades sobre o abuso e o suspeito fugiu.
O caso ganhou repercussão nacional depois
que grupos de fundamentalistas religiosos tentaram impedir a menina de realizar
um aborto legal – autorizado judicialmente -, indo diretamente à sua casa e
protestando na frente dos hospitais.
Na última terça-feira, o homem foi
capturado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a 600 quilômetros
de São Mateus. Ele decidiu se entregar ao perceber que poderia ser linchado na
rua em função da repercussão do crime. Ele já tinha uma condenação por tráfico
de drogas e associação ao tráfico, que lhe rendeu nove anos de cadeia.
O homem era casado com a irmã do pai da
vítima e tem um filho e uma filha pequenos. Até agora ainda não constituiu
advogado para defendê-lo. No processo por tráfico, quem pagava os honorários
advocatícios era a sua mulher, que se recusou a ajudar neste caso por estupro.
Com informações de Veja
Com informações de Veja
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