Pesquisa realizada pela Seduc aponta
que comunidade escolar segue insegura com retorno
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou
o resultado da nova consulta realizada com as comunidades escolares para saber
a opinião dos estudantes matriculados em escolas da rede estadual, seus
familiares e professores, acerca da volta às aulas presenciais nas escolas
ligadas à rede pública estadual do Maranhão.
O resultado da pesquisa foi anunciado pelo
governador Flávio Dino, nesta sexta-feira (4), em coletiva de imprensa, ocasião
em que ratificou a decisão do Governo do Maranhão em manter as aulas
presenciais suspensas nas escolas da rede publicada estadual, até que as
comunidades optem pelo retorno.
De acordo com dados gerais da pesquisa, 54,58% dos
votantes não concordam com o retorno às aulas presenciais, no mês de outubro, e
45,42% optaram pelo retorno às atividades presenciais. Ao todo, 46.109 pessoas
opinaram na consulta que foi realizada entre 26 de agosto e 1º de abril, por
meio do site da Seduc.
Esta é a segunda pesquisa que foi realizada na rede
pública estadual, que contou com aproximadamente o dobro do número de votantes
da primeira consulta realizada na rede.
56,1% dos estudantes querem o retorno das aulas
presenciais, enquanto 43,9% não querem. Já entre os pais e responsáveis, 36,3%
querem o retorno, enquanto 63,7% não querem. Na categoria professor, 19,6%
afirmaram querer o retorno, enquanto 80,4% não querem a volta às aulas
presenciais.
“Temos que respeitar, é uma insegurança das pessoas.
Nós consideramos que temos condições de avançar no ensino híbrido, mas faremos
isso junto com as comunidades escolares. Essa pesquisa foi tabulada ontem e
vamos repeti-la no final de setembro, para avaliar novamente a visão da
comunidade escolar”, pontuou o governador.
De acordo com o secretário de Estado da Educação,
Felipe Camarão, o objetivo destas consultas é observar mais de perto como está
o sentimento de pais e estudantes com relação ao retorno às atividades
presenciais ligadas à rede pública. “A previsão era de que as atividades
presenciais fossem retomadas a partir do dia 10 de agosto, de forma gradativa.
Contudo, a primeira consulta que realizamos constatamos que ainda havia muita
dúvida sobre essa retomada e agora novamente, então decidimos manter as aulas
não presenciais e possibilitar mais tempo para que as comunidades escolares
continuem a debater. Diante disso, seguimos com as atividades remotas”,
declarou.
Ensino remoto e distribuição de chips
de dados
Outro ponto em destaque na pesquisa foi com relação
às atividades remotas realizadas pela rede de ensino estadual. A pesquisa
mostrou que 37,67% dos estudantes afirmaram que conseguiram manter as
atividades educacionais, mesmo à distância, enquanto 67,81% dos professores
deram a mesma declaração. No quadro geral, 48,89% dos entrevistados declararam
que as aulas remotas ajudam a minimizar os prejuízos da suspensão das aulas,
46,25% afirmaram ter participado, mas acreditam que tiveram pouco resultado
prático e 4,86% declararam nunca ter participado.
Na ocasião, o governador anunciou a distribuição de
chips de dados para estudantes da 1ª e 2ª série do ensino médio. O Estado
iniciou o processo para aquisição de mais de 200 mil chips que serão doados a
esses estudantes, para reforçar o ensino remoto realizado nas escolas ligadas à
rede pública. Em agosto deste ano, o Governo iniciou a distribuição de 90 mil
chips de dados aos estudantes matriculados na 3ª série do Ensino Médio de
escolas da rede pública estadual do Maranhão.
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