Documentos do Ministério Público Federal e da Justiça Federal provam que o candidato Eduardo Braide (Podemos) é investigado por movimentações financeiras atípicas, diferentemente do que ele vem dizendo.
No sábado, o jornal Folha de S.Paulo publicou que Braide é investigado pelo Ministério Público. O candidato negou e foi à Justiça para tirar o material de circulação.
Mas documentos oficiais sigilosos, do qual o blog do Clodoaldo Correa teve acesso com exclusividade, não deixam dúvidas: Braide começou a ser investigado no inquérito policial 0969/2016-DPF/MA, no Tribunal Regional Federal da Primeira Região, referente ao processo 058214-57.2016.4.01.0000.
As movimentações atípicas aconteceram entre 2011 e 2014. Em 2019, o Ministério Público Federal pediu que o caso fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal, porque na época já exercia o cargo de deputado federal. É o STF quem julga congressistas. Quando a investigação começou, Braide era ainda deputado estadual.
O desembargador federal Olindo Menezes atendeu o pedido determinou que os autos fossem enviados à Suprema Corte.
Além disso, parecer número 019/2019 sobre o inquérito policial número 0058214-57.2016.4.01.0000/ma não deixa dúvidas sobre a condição de investigado de Braide. “Foi informado que o referido investigado exerce atualmente cargo de deputado federal”, diz o documento.
Ciente
Braide tem plena consciência da investigação, pois assinou a procuração para seus advogados atuarem na defesa do inquérito policial 0969/2016-DPF/MA, tramitando no Tribunal Regional da 1ª Região, no processo 005B214-57.2016.4.01.0000/MA. Ele assinou a procuração em 16 de setembro de 2019.
Por que, então, Braide exibiu uma certidão negativa?
Para contestar o fato de ser investigado, Eduardo Braide tem usado uma certidão da Polícia Federal mostrando que não há nada contra ele. Mas o que ele não disse é que estas certidões só mostram se determinada pessoa é ou não condenada. Ou seja, se a pessoa investigada ainda não tiver sido condenada, ela vai conseguir a chamada Certidão Negativa.
Em resumo, candidatos podem responder a processos criminais e ainda ter acesso à certidão negativa.
Veja os documentos
Com informações do Blog Marrapá
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