Governador do Maranhão também criticou
a guerra ideológica contra a vacina chinesa, afirmando que se Jair Bolsonaro
não tivesse vetado a Coronavac em outubro, “nós não estaríamos nesse impasse”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que “não há consistência nas ações” discutidas pelo Ministério da Saúde para vacinar a população contra a Covid-19, ao falar sobre o “plano” de vacinação mal planejado do ministério, em entrevista à GloboNews.
Ele ainda disse que se Jair Bolsonaro não tivesse vetado, em outubro, a CoronaVac (vacina chinesa produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo), “nós não estaríamos nesse impasse”.
“O governo federal demorou muito a entrar em contato com a Pfizer”, afirmou Dino. O governador também disse que a preferência do governo federal pela vacina da AstraZeneca/Oxford “aparentemente está embaraçando a busca por outras alternativas”.
Sobre a disputa entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Dino comentou:
“Acho que ele [Doria] está lutando porque tem o Instituto Butantan, e espero que a resposta do Ministério da Saúde não seja combater e derrotar o governo de São Paulo. O certo é buscar entendimento. O que não pode é o governo federal escolher uma vacina e descartar a vacina do Butantan por motivos ideológicos, eventualmente porque não gosta da China ou não gosta do Doria. Disso todo mundo tem direito, do que não tem direito é de sacrificar a saúde da população”.
Nas redes sociais, Flávio Dino disse que a “decisão sobre vacinação contra coronavírus tem que ser TÉCNICA. Governo Federal deve liderar um Plano Nacional de Imunização que seja consistente. Precisamos de segurança e de eficácia comprovada. Mas também de senso de URGÊNCIA, alinhado com o que outros países estão fazendo”.
O governo federal avançou nas negociações com a Pfizer e já prevê receber 8,5 milhões de doses da vacina no primeiro semestre de 2021, disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante reuniões com governadores nesta terça-feira, 8.
Segundo o ministro, o acordo em negociação, de 70
milhões de doses, ainda precisa ser detalhado. Está previsto, no entanto, que o
valor por dose seja no máximo até o que será pago pelo Brasil dentro do
consórcio Covax Facilities, organizado pela Organização Mundial da Saúde, que é
de 9 a 11 dólares por dose.
Com informações do Brasil 247
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