A Polícia Federal no Maranhão deflagrou na manhã de hoje (19), a Operação
“Panteão”, com o objetivo de desarticular facção criminosa com células em
várias cidades no Maranhão e em outros estados da federação, facção essa que
vem coordenado atividades criminosas de dentro de presídios.
Durante as investigações, foi possível identificar pessoas ligadas a
facção, atuando principalmente nas cidades de Colinas, Imperatriz, Buriticupu,
Caxias, Timon, São Luís, no Maranhão, bem como nos estados de Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A investigação permitiu ainda identificar as prováveis funções exercidas
pela maioria dos investigados dentro da estrutura criminosa, seis deles
atualmente exercendo a função de liderança dentro da facção a nível estadual.
Com levantamentos realizados pela Polícia Federal, foi possível
identificar planejamentos de execuções de pessoas ligadas a facções rivais, bem
como evitar uma provável execução de um diretor adjunto de um presídio no
interior do Maranhão, orquestrada pelo grupo criminoso.
Na época dos fatos, o diretor adjunto teria frustrado uma fuga de dois
importantes integrantes da facção, motivo pelo qual membros da facção criminosa
passaram a arquitetar um plano para matar o agente público.
Durante as investigações, com apoio de outras forças de segurança
pública, foi possível ainda realizar a prisão em flagrante de outras duas
pessoas ligadas a atividades de tráfico de drogas.
A Polícia Federal representou ao Juízo Estadual da 1ª Vara Criminal da
Comarca de São Luís - especializada para processamento e julgamento dos crimes
envolvendo Organização Criminosa - pela prisão preventiva e busca e apreensão,
tendo sido deferidos 18 mandados de prisão preventiva e 02 mandados de busca e
apreensão.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Luís, Caxias, Timon,
Balsas, Dourados/MS, Uberaba/MG e São Vicente/SP, sendo empregados cerca de 40
Policiais Federais.
Os investigados poderão responder criminalmente por integrarem
organização criminosa, crime previsto no art. 2º da Lei 12.850/13, com pena que
pode chegar até oito anos de reclusão.
Os líderes da referida facção acreditam ser intocáveis e idolatrados
dentro da organização, tendo subordinados que obedecem a ordens de forma
incondicional. Por esse motivo a operação foi batizada de “Panteão”, que
significa literalmente o conjunto de deuses de determinada religião
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