O fim de semana será, mais uma vez,
sem ônibus na Grande São Luís. O nono dia de greve dos rodoviários termina com
transtornos aos usuários do sistema de transporte público.
A greve tem sido uma 'prova de fogo'
para o "preparado" Eduardo Braide, que tem pecado por omissão desde o
início do movimento paredista. Apenas no quinto dia da paralisação, ele
resolveu realizar uma reunião com representantes de empresários e rodoviários,
sem sucesso. A proposta de aumento de 2% nos salários foi rejeitada de
imediato. Depois disso, o prefeito sumiu novamente, silenciou.
Após muita pressão, na tarde desta
sexta-feira (29), a prefeitura formalizou a ‘proposta final’ de auxílio
emergencial do transporte público ao SET, a fim de que sejam quitados salários
e benefícios em atraso e permita a concessão de um reajuste salarial aos
rodoviários.
"A prefeitura espera o
entendimento entre empresários e rodoviários, para que os ônibus do sistema
urbano voltem a circular normalmente em São Luís e a população não seja ainda
mais penalizada", informou a Prefeitura de São Luís, em comunicado
publicado na tarde desta sexta-feira, nas redes sociais.
Se a proposta for rejeitada, não será
a final, como diz a nota da prefeitura. Como responsável pela concessão para a
empresas atuarem no sistema, caberá à Prefeitura continuar buscando uma solução
para o problema. Afinal, Eduardo Braide disse, durante a campanha, que estava
preparado para administrar a cidade. Ou não estava?
Também na tarde desta sexta-feira,
representantes do Sttrema e trabalhadores do sistema rodoviário realizaram uma
reunião para fazer um balanço dos nove dias de greve na Grande São Luís e
definir os rumos a serem tomados.
Ao fim da reunião, foi divulgada a
seguinte nota:
“O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão informa, que
até o momento, não recebeu qualquer proposta da Prefeitura de São Luís e nem
dos empresários, que possa atender as reivindicações dos trabalhadores.
A entidade ressalta, que permanece disponível para o
diálogo com o sindicato patronal, SET e poder público, no intuito de que seja
encontrada uma solução para este impasse. Reforçamos ainda, que sem avanço
algum nas negociações, o movimento grevista, com 100% de adesão da categoria,
continua na Grande São Luís”.
Fiscalização nos contratos do sistema de transporte
urbano
Auditores do Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão (TCE-MA) iniciaram nesta sexta-feira os trabalhos para a
realização de fiscalização, na modalidade levantamento, nos contratos do sistema
de transporte urbano do município de São Luís.
A fiscalização tem como objetivo
verificar se a execução dos contratos no âmbito do sistema de transporte está dentro
das normas previstas, particularmente nos aspectos ligados ao equilíbrio
econômico e financeiro.
Outros pontos que serão avaliados
pelos auditores do TCE-MA estão vinculados aos princípios jurídicos da economicidade,
da legalidade e da legitimidade.
Ainda segundo o TCE-MA, as empresas
que não cumprirem as determinações do tribunal estarão sujeitas às sanções
previstas na legislação, entre elas a declaração de inidoneidade, o que impede
que elas possam celebrar outros contratos com a administração pública.
Audiência de conciliação e proposta rejeitada
A última proposta feita pelos
empresários do transporte público aos trabalhadores em greve foi na segunda
(25), durante a reunião com Eduardo Braide, quando o SET ofereceu 2% de
reajuste salarial, o que não foi aceito pelos rodoviários. Sem avanços, 100%
dos ônibus permanecem dentro das garagens desde o dia 21 de outubro.
A primeira audiência de mediação
entre as partes foi realizada no segundo dia da greve, na sexta-feira (22), no Ministério
Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), em São Luís, porém o SET e o Sttrema
não entraram em um consenso.
Na segunda vez, no sábado (23), a
audiência de conciliação entre rodoviários e empresários no Tribunal Regional do
Trabalho do Maranhão (TRT-MA) terminou também sem acordo. Dessa forma, foi
mantida a greve.
Uma terceira audiência aconteceria
nessa segunda (25), mas foi cancelada por causa da reunião da Prefeitura de São
Luís, que se estendeu até a noite e terminou sem negociação entre as partes.
Nono dia de greve
Sem entendimento, a greve dos
rodoviários segue sem previsão de término, tendo chegado nesta sexta-feira (29)
ao nono dia.
Nenhum ônibus saiu das garagens, e os
usuários do transporte público que precisam se deslocar pela Grande São Luís
estão desembolsando mais a cada dia ao buscar alternativas.
Os condutores que operam com
carrinhos-lotação, vans e mototáxi, além do transporte por aplicativo, vêm lucrando
com as viagens, em razão da maior procura, porém esse tipo de transporte segue
lotado, principalmente nos horários de pico.
Muitos trabalhadores que tinham a
passagem de ônibus garantida no cartão, agora precisam pagar em dinheiro o transporte
para ir e voltar do serviço.
Movimento grevista
No último dia 21 de outubro, os
motoristas e cobradores cruzaram os braços para exigir da classe patronal os seguintes
benefícios:
— 13% de reajuste salarial;
— jornada de trabalho de seis horas
— tíquete de alimentação no valor de
R$ 800;
— manutenção do plano de saúde e a
inclusão de um dependente;
— a concessão do auxílio-creche, para
trabalhadores com filhos pequenos.
Decisão da Justiça
Antes de paralisar as atividades, o
Sindicato dos Rodoviários anunciou que a greve seria realizada por tempo indeterminado.
E, um dia antes da data marcada pelos trabalhadores para dar início à
paralisação, a Prefeitura de São Luís informou que garantiria a circulação de
90% da frota de ônibus em São Luís. A decisão liminar foi proferida pela
desembargadora federal do Trabalho, Ilka Esdra Silva Araújo. Na decisão da
Justiça, ficou determinado - tanto ao Sttrema quanto ao SET que:
— Fosse garantido o percentual mínimo
de 90% da frota de ônibus em funcionamento, em todas as linhas e itinerários e
em todos os horários, com os respectivos motoristas e cobradores em todos os
horários;
— Não houvesse coação ou impedimento
aos trabalhadores que não queiram aderir ao movimento de trabalhar;
— Não houvesse bloqueio das
entradas/garagens das empresas prestadoras de serviço de transporte público
municipal;
— Não fosse praticada qualquer tipo
de greve, tal como “greve branca”, “operação tartaruga”, “greve de zelo”,
“greve de ocupação”, “greve ativa”, “greve intermitente”, “greve seletiva” ou
qualquer outra que venha a prejudicar a
prestação do serviço público.
Em caso de descumprimento das
medidas, a Justiça do Trabalho estabeleceu multa diária de R$ 50 mil ao Sttrema
e ao SET.
Apesar da determinação judicial, a
Grande São Luís amanheceu na quinta (21) sem ônibus nas ruas. Por meio de nota,
a Prefeitura de São Luís informou que havia disponibilizado fiscais para que a
decisão judicial fosse cumprida.
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CADÊ RAIMUNDO CHUPA PAU DE BRAIDE COMENTANDO AQUI? ESSE ARROMBADO !
ResponderExcluirEsse Prefeitinho é muito incompetente, só ficava olhando o povo se vacinar, agora não resolve essa greve.
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