Três prefeituras no Maranhão
comandadas por aliados do deputado Josimar Maranhãozinho (PL) foram
contempladas com total de R$ 3 milhões liberados na última semana, logo após o
desbloqueio do chamado orçamento secreto.
Esses mesmos municípios e seus
gestores são investigados pela Polícia Federal pela suspeita de desvio de
dinheiro público de emendas parlamentares.
Segundo a PF, as três cidades
estariam na base de uma organização criminosa montada por Maranhãozinho, que
faria o desvio por meio de empresas de fachada ou vinculadas ao parlamentar.
Conforme tem mostrado O GLOBO, os agentes federais monitoraram por duas semanas, em outubro do ano passado, o escritório político do deputado em São Luís, capital do Estado.
Utilizando câmeras e gravadores
escondidos, a PF flagrou o parlamentar manuseando maços de dinheiro, que seriam
provenientes dos desvios. Os mesmos nomes que aparecem nessa investigação
passaram a constar, agora, na relação de contemplados do orçamento secreto.
Irmã do deputado Maranhãozinho, a
prefeita de Zé Doca, Josinha Cunha, do PL, foi contemplada com R$ 1 milhão. Há
duas semanas, Josinha foi alvo de uma segunda operação da PF, deflagrada para
avançar na investigação do suposto esquema criminoso.
Além da prefeitura, a polícia
vasculhou endereços ligados à prefeita atrás de documentos e provas que complementarão
as investigações que já estavam em andamento desde o ano passado. Segundo a PF,
Josinha assumiu um papel importante no esquema montado pelo irmão.
O município que leva o nome do
deputado, Maranhãozinho, também recebeu R$ 1 milhão com a retomada dos
pagamentos a partir de recursos do orçamento secreto.
Há mais de dez anos o parlamentar tem
indicado os prefeitos que vencem a eleição na cidade, incluindo um ex-motorista
seu.
A prefeitura, que também foi alvo da
mesma operação de duas semanas atrás, é comandada por Deusinha, do PL, que é prima
da mulher do parlamentar.
O terceiro contemplado com R$ 1
milhão é o prefeito de Centro do Guilherme, Zé Dário, também do PL, que foi
eleito com o apoio de Maranhãozinho.
Esses três municípios, mesmo sendo
alvos recentes da PF, já aparecem no primeiro inquérito como sendo cidades
escolhidas por Maranhãozinho para executar o suposto esquema criminoso.
Procurado, Maranhãozinho declarou que
“em todas as situações, a destinação de emendas observou os procedimentos
legais pertinentes”.
Bandidos com aval do país!!
ResponderExcluir