As duas últimas greves dos rodoviários
de São Luís foram benéficas às empresas do setor. Até aqui, já abocanharam R$
30 milhões de ‘auxílio emergencial’ da Prefeitura de São Luís. O prefeito ficou
encurralado: ou liberava mais alguns milhões para as empresas ou concederia
aumento de passagem. Apenas mostra que é refém dos empresários. Enquanto isso, os trabalhadores seguem sem
nenhuma conquista e debaixo de vara.
Durante a greve encerrada nesse
sábado, após a Justiça determinar a prisão de 15 dirigentes dos rodoviários, a
Procuradoria do Município, em defesa junto ao TRT-MA, revelou o seguinte: “A
bem da verdade, a única parte que não está dando causa ao movimento paredista é
o Município de São Luís que, de forma pública e notória (art. 374, CPC), já
prestou auxílio emergencial ao sistema na quantia de R$ 20 milhões de reais no
período de 4 (quatro) meses, sendo que as parcelas serão prorrogadas por mais
dois meses”.
Com isso, fica evidente que os
empresários são os maiores interessados na paralisação do sistema de transporte
coletivo. Depois que emparedam o prefeito e conseguem mais alguns milhões para
seus cofres, liberam a frota para circulação com o argumento de que estão
cumprindo uma decisão judicial. Se os rodoviários decidirem continuar de braços
cruzados, esses empresários os descartam, anunciando a contratação de novos
profissionais. A greve dos rodoviários só tem êxito, portanto, se for de
interesse dos empresários.
Um grande empecilho para os
rodoviários tem sido a Justiça do Trabalho, que sempre age antes de a greve ser
deflagrada. A determinação de manter 80% da frota em circulação e pagamento de
multa diária de R$ 50 mil é para inviabilizar o movimento grevista.
Por outro lado, a Prefeitura faz o
jogo dos empresários e mantém o repasse de milhões do tal ‘auxílio
emergencial’, sem se preocupar em cobrar o cumprimento de acordo com os
rodoviários. Quem precisa de ‘auxílio emergencial’ são os trabalhadores,
vítimas de um verdadeiro massacre por parte dos patrões.
Como se fazer greve fosse um crime, uma desembargadora, de forma ditatorial, determinou a prisão de dirigentes sindicais. Porque não determinou a prisão de empresários e do prefeito, responsáveis pelo caos no sistema de transporte público?
Até quando a Justiça vai continuar
decidindo contra os trabalhadores? Por que o prefeito Braide não tem força para
peitar os empresários e determinar uma nova licitação do sistema? Até quando os
cofres públicos vão continuar alimentando as empresas? Os empregados vão
continuar mendigando junto aos empresários, que estão com os cofres abarrotados
de dinheiro público?
Pelo visto, os rodoviários vão
continuar debaixo de vara, tendo que pelejar contra empresários, Prefeitura e
Justiça. Vão recorrer a quem?
Esse Prefeitinho não existe.
ResponderExcluirQuem andou votar no Braide, esse fiel e abestado servo da elite.
ResponderExcluirEnquanto isso Braide fica olhando a agulha entrar na pele de quem vacina conta covid.
ResponderExcluirPrefeito bolsonarista pau no cu da desgraça
ResponderExcluirEsse Braide, boca do curinga é incompetente.
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