Os rodoviários de São Luís, após duas
assembleias realizadas nesta terça-feira (23), sinalizaram para uma nova
paralisação total do sistema de transporte público coletivo para a próxima
terça-feira (29).
Os trabalhadores irão aguardar até
segunda-feira (28) para que o Sindicato das Empresas de Transporte de
Passageiros (SET) apresente alguma contraposta diferente dos 5% de reajuste
salarial, além do pagamento de pelo menos três meses de salários atrasados.
“O entendimento da categoria é que
100% da frota pare a partir de terça-feira, caso não haja uma proposta por
parte dos empresários. Mas nós, do Sindicato, entendemos que temos que
respeitar uma liminar [determinando a circulação de 60% da frota]. Mas eu não
posso colocar na cabeça de sete mil, oito mil trabalhadores e trabalhadoras que
tem que trabalhar com fome e com seus salários atrasados”, explicou Marcelo
Brito, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.
Brito informou, ainda, que já
encaminhou à Justiça do Trabalho e a Procuradoria Geral do Município relação
com os nomes da empresas que estão em atraso com o pagamento de motoristas e
cobradores, descumprindo convenção coletiva de trabalho.
“Eu acredito na Justiça, acredito no
Tribunal, acredito na Procuradoria. Mas esses empresários não podem continuar
confortáveis do jeito que eles estão e dizer não na cara de todo mundo. Isso é
inadmissível. Até a população fica refém dos empresários, nós trabalhadores também
ficamos reféns. Trabalhamos sem receber, nossa data base sem aumento nenhum”,
concluiu.
Além do pagamento de salários
atrasados, os rodoviários reivindicam 15% de reajuste salarial; R$ 800 reais de
ticket alimentação; e manutenção do plano de saúde.
O Município de São Luís, além de
subsidiar o sistema, através de um acordo firmado ano passado, quando o
primeiro movimento grevista foi deflagrado, concedeu recentemente R$ 0,20 de
reajuste no preço da passagem, contrariando pedido dos empresários, que
solicitavam R$ 1,20, e não onerando em demasia o usuário.
Já o Governo do Estado, responsável
pelas linhas semiurbanas, concedeu reajuste de R$ 0,30 no preço da tarifa.
Nas duas últimas greves dos
rodoviários, oe empresários ficaram no lucro, pois abocanharam quase R$ 30
milhões de auxílio emergencial da Prefeitura. Mesmo assim, continuam afirmando
que não têm condições de conceder reajuste salarial aos trabalhadores.
Com o aumento da passagem, a
Prefeitura disse iria reduzir o ‘auxílio’, de R$ 4 milhões por mês, para R$ 1,5
milhão. O empresários não concordam com essa redução.
ISSO JÁ VIROU MOLECAGEM, CADÊ O PREFEITO?
ResponderExcluir