Em operação do Grupo de Atuação Especial
no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do
Maranhão, realizada na quinta-feira (28), foi efetuada a prisão preventiva, em
Teresina (PI), do empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, acusado de integrar
uma organização criminosa.
A ação do Gaeco dá continuidade à
Operação Mormaço, iniciada em 2021, que desarticulou uma quadrilha que se
utiliza de um sistema de lavagem de dinheiro sofisticado, por meio de empresas,
para o escoamento dos valores resultantes de diversos negócios com drogas
ilícitas, armas de fogo, veículos e peças de automóveis, além de outras
atividades criminosas.
Os integrantes da organização atuam
nas cidades de Caxias, Timon e Teresina.
Além da prisão, a Justiça determinou
a suspensão do exercício das atividades econômicas e financeiras de duas empresas
de Adolfo Mourão: a Adolfo Autopeças e Adolfo Autopeças 4×4. O mandado de
interdição dos estabelecimentos foi cumprido nessa sexta-feira (29), com o
apoio da Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí.
Foram deferidos ainda pela Justiça os
pedidos do Ministério Público para o bloqueio de ativos nas contas-correntes,
poupanças e eventuais aplicações e de afastamento do sigilo bancário e fiscal
das duas pessoas jurídicas.
A medida judicial, assinada pela Vara
Especial Colegiada dos Crimes Organizados, foi adotada “diante do justo receio
que a atividade empresarial possa servir como meio para a perpetuação da
prática delituosa”.
Também foi determinado que seja
realizado o inventário dos bens de maior valor que forem encontrados pelas
autoridades executoras, durante as buscas no interior dos imóveis onde
funcionam as empresas, bem como o sequestro e indisponibilidade do bem imóvel
localizado onde funciona a Adolfo Autopeças 4×4.
Descumprimento de medidas
Segundo o promotor de justiça
Francisco Fernando Meneses Filho, titular da 3ª Promotoria de Justiça Criminal
de Timon e integrante do Gaeco Regional da comarca, a prisão preventiva de
Adolfo Mourão deu-se em decorrência do descumprimento de medidas determinadas
pela Justiça.
“Ele foi preso temporariamente na
Operação Mormaço no ano passado e depois liberado, mediante algumas condições,
as quais vinham sendo descumpridas”, explicou o membro do Ministério Público.
Conforme a denúncia, Adolfo Mourão se
encontra à frente do núcleo operacional da organização criminosa em Timon. O
nome dele é constantemente disponibilizado para ocultar bens em favor da
quadrilha. Ele também se utilizou de ardil para conseguir autorização de
registro de arma de fogo. Isso porque descobriu-se que, recentemente, a sua
esposa registrou arma na Polícia Federal.
Em 27 de outubro de 2021, o
empresário foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil do Estado do
Piauí, objetivando a apreensão de veículos, motores ou quaisquer peças de
veículos com restrição de roubo ou furto na loja Adolfo Auto Peças 4×4.
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