Uma jovem identificada como Maria
Clara Marinho, de 22 anos, morreu durante perseguição policial em Teresina, no
Piauí. Os ocupantes de um veículo teriam trocado tiros com policiais do 6º
Batalhão, na Rua Paraguaçu, na Vila Concórdia, na zona Sul. O fato ocorreu na
madrugada dessa sexta-feira (22).
De acordo com informações da Polícia
Militar, cinco pessoas estavam dentro de um veículo Renault Kwid, de cor prata,
quando policiais observaram atitudes suspeitas e deram ordem de parada, que não
foi obedecido pelo grupo.
Uma perseguição foi iniciada e os
ocupantes da carro começaram a realizar disparos contra a viatura, que revidou.
Ao pararem o veículo, dois homens saíram correndo em direção a um matagal e
três mulheres permaneceram dentro do carro, sendo que Maria Clara foi atingida
com um disparo nas costas e morreu no local.
“A viatura foi acionada via Copom
para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo na Vila Concórdia. Ao
chegar no local, se deparou com o Kwid prata com cerca de cinco disparos na
lataria do veículo. Uma moça usando uma tornozeleira estava em óbito e duas moças
estavam próximas a ela, ambas sem lesões”, informou o relatório da PM.
Ainda segundo o relatório, as
mulheres estavam visivelmente embriagadas. “As moças estavam altamente
embriagadas e não falavam coisa com coisa, apenas diziam que mandaram eles
pararem. Vizinhos relataram que quando o veículo parou, dois rapazes saíram
correndo para o mato”, finalizou.
As mulheres que estavam no veículo foram
identificadas como Francisca Ionara Dias de Assunção e Francisca Vitória, ambas
moradoras de Timon e sem lesões.
Maria Clara possui passagem pela
polícia por roubo e tráfico de drogas. Ao realizar a perícia, policiais do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram uma munição
de pistola 380 no veículo.
A mulher morta também era ré na
Justiça do Maranhão pelo assassinato de Matheus Salgado Lima, de 21 anos, sequestrado
por uma facção criminosa e executado a tiros no residencial Cocais, na cidade
de Timon, em dezembro de 2021.
Nesse processo em questão, Maria
Clara respondia pelos crimes de homicídio, organização criminosa, sequestro,
cárcere privado, lesão corporal e ocultação de cadáver.
No momento em que foi morta, a mulher
usava tornozeleira eletrônica. Mesmo respondendo a todos esses crimes, ela
havia sido solta em dezembro de 2021, com a justificativa de que estava
gestante e tinha um filho pequeno. Maria Clara deveria estar cumprindo prisão
domiciliar.
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