Um homem, identificado como Clayton
Mendes Pinheiro, foi condenado, nessa quarta-feira (8), a 33 anos de prisão, em
regime fechado, e 256 dias-multa, por ter matado e ocultado o cadáver da
companheira, identificada como Alexandrina do Livramento Garcia, de 36 anos. O
crime aconteceu no dia 20 de novembro de 2017, no município de Alcântara,
distante 91 km de São Luís.
O julgamento foi realizado na
quarta-feira (8), no auditório do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) de
Alcântara e presidido pelo magistrado Rodrigo Terças. O Ministério Público
acusou o réu pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver da vítima.
A defesa desenvolveu a tese de absolvição
do acusado por falta de materialidade do fato e inexistência de indícios
suficientes de autoria ou participação de Clayton Pinheiro. O Tribunal do Júri
acabou condenado Clayton Mendes a 33 anos de prisão e 256 dias-multa.
Crime
Clayton Pinheiro era acusado de ter praticado, na madrugada do dia 20 de novembro de 2017, em Alcântara, crime de feminicídio contra sua esposa e ainda ocultado o cadáver.
Narra o processo, que a vítima teria
desaparecido sem dar maiores explicações e sem se despedir da família, após ter
passado a tarde e noite anterior na companhia do marido, sendo que depois desse
episódio não foi mais vista.
Após as investigações conduzidas pela
Polícia Civil, apurou-se que o acusado matou a esposa, queimou as suas roupas e
usou o telefone celular da vítima para mandar mensagens para o filho do casal e
para o patrão dela, com a intenção de fazê-los acreditar que aquela teria ido
embora da cidade na companhia de outro homem.
Crânio encontrado
Em junho de 2019, a Polícia Técnica e
Científica concluiu que o crânio encontrado na área do Centro de Lançamento de
Alcântara (CTA) era de Alexandrina Garcia Costa, conhecida como
"Lilica".
Ela estava desaparecida desde 20 de
novembro de 2017. Para os familiares, Alexandrina havia sido assassinada pelo
marido Cleyton Nunes, que chegou a ser preso temporariamente e solto em seguida
por falta de provas.
Alexandrina trabalhava em uma pousada
na cidade de Alcântara e desapareceu no dia 20 de novembro de 2017. Ela foi
vista pela última vez em companhia do marido que foi buscá-la no trabalho.
Nessa mesma noite, os dois foram
vistos em um bar. Ela estava com marcas no rosto. Depois disso, a mulher
desapareceu.
Ao ser preso, Cleyton Nunes negou que
tivesse matado a sua companheira, alegando que, ao chegarem em casa, tiveram
uma discussão e Alexandrina teria arrumado as suas coisas e saído. No entanto
ele foi indiciado em inquérito por crime de feminicídio e ocultação de cadáver.
Falso testemunho
No decorrer do julgamento, o
magistrado Rodrigo Terças autuou em flagrante delito um homem por crime de
falso testemunho prestado ao Plenário do Tribunal do Júri. O homem foi
encaminhado para a Delegacia de Polícia de Alcântara para registro do Auto de
Prisão em Flagrante e das formalidades legais.
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Postagem relacionada:
— Crânio
encontrado na área da base de Alcântara é de mulher desaparecida desde 2017
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