Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Acusado de matar e ocultar o corpo da própria esposa é condenado a 33 anos de prisão em Alcântara

Um homem, identificado como Clayton Mendes Pinheiro, foi condenado, nessa quarta-feira (8), a 33 anos de prisão, em regime fechado, e 256 dias-multa, por ter matado e ocultado o cadáver da companheira, identificada como Alexandrina do Livramento Garcia, de 36 anos. O crime aconteceu no dia 20 de novembro de 2017, no município de Alcântara, distante 91 km de São Luís.

O julgamento foi realizado na quarta-feira (8), no auditório do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) de Alcântara e presidido pelo magistrado Rodrigo Terças. O Ministério Público acusou o réu pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver da vítima.

A defesa desenvolveu a tese de absolvição do acusado por falta de materialidade do fato e inexistência de indícios suficientes de autoria ou participação de Clayton Pinheiro. O Tribunal do Júri acabou condenado Clayton Mendes a 33 anos de prisão e 256 dias-multa.

Crime

Clayton Pinheiro era acusado de ter praticado, na madrugada do dia 20 de novembro de 2017, em Alcântara, crime de feminicídio contra sua esposa e ainda ocultado o cadáver.

Narra o processo, que a vítima teria desaparecido sem dar maiores explicações e sem se despedir da família, após ter passado a tarde e noite anterior na companhia do marido, sendo que depois desse episódio não foi mais vista.

Após as investigações conduzidas pela Polícia Civil, apurou-se que o acusado matou a esposa, queimou as suas roupas e usou o telefone celular da vítima para mandar mensagens para o filho do casal e para o patrão dela, com a intenção de fazê-los acreditar que aquela teria ido embora da cidade na companhia de outro homem.

Crânio encontrado

Em junho de 2019, a Polícia Técnica e Científica concluiu que o crânio encontrado na área do Centro de Lançamento de Alcântara (CTA) era de Alexandrina Garcia Costa, conhecida como "Lilica".

Ela estava desaparecida desde 20 de novembro de 2017. Para os familiares, Alexandrina havia sido assassinada pelo marido Cleyton Nunes, que chegou a ser preso temporariamente e solto em seguida por falta de provas.

Alexandrina trabalhava em uma pousada na cidade de Alcântara e desapareceu no dia 20 de novembro de 2017. Ela foi vista pela última vez em companhia do marido que foi buscá-la no trabalho.

Nessa mesma noite, os dois foram vistos em um bar. Ela estava com marcas no rosto. Depois disso, a mulher desapareceu.

Ao ser preso, Cleyton Nunes negou que tivesse matado a sua companheira, alegando que, ao chegarem em casa, tiveram uma discussão e Alexandrina teria arrumado as suas coisas e saído. No entanto ele foi indiciado em inquérito por crime de feminicídio e ocultação de cadáver.

Falso testemunho

No decorrer do julgamento, o magistrado Rodrigo Terças autuou em flagrante delito um homem por crime de falso testemunho prestado ao Plenário do Tribunal do Júri. O homem foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Alcântara para registro do Auto de Prisão em Flagrante e das formalidades legais.

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