Segundo a Polícia Federal, Eduardo
Costa é o chefe de uma organização criminosa que criava empresas de fachada
para simular concorrência em licitações públicas.
A
Justiça Federal do Maranhão fez, nesta quinta-feira (21), a audiência de
custódia do empresário Eduardo Costa Barros, preso na quarta (20) em uma
operação da Polícia Federal. Conhecido como Eduardo DP e Imperador, ele vai
continuar em prisão temporária. O empresário é suspeito de fraudes e desvio de
dinheiro público na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
do Parnaíba (Codevasf).
Tudo
o que foi apreendido pela Polícia Federal — relógios caros, joias, documentos e
mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo — vai ficar em poder da Justiça enquanto
durarem as investigações.
Eduardo
Costa foi preso na quarta-feira (20), em São Luís, porque seria sócio oculto da
construtora Construservice, alvo da operação que investiga suspeitas de fraudes
em contratos com a Codevasf, para a realização de obras em municípios do
Maranhão.
Na
decisão que autorizou a operação, o juiz afirma que o objetivo era investigar
uma suposta associação, dita criminosa, destinada, em tese, a cometer fraudes
licitatórias e lavagem de dinheiro, utilizando verbas federais oriundas da
Codevasf.
Na
decisão, o juiz escreveu que a investigação encontrou fortes indícios de fraudes
em licitações para obras de pavimentação de vias urbanas e rurais, e a Polícia
Federal suspeita da participação de um servidor da Codevasf, que teria
envolvimento direto com o esquema criminoso.
Segundo
a Polícia Federal, Eduardo Costa é o chefe de uma organização criminosa que
criava empresas de fachada para simular concorrência em licitações públicas.
Com isso, a Construservice, principal empresa do grupo, ganhava as obras da
Codevasf com facilidade.
A
polícia afirma que ele usava quatro CPFs e, quando foi preso, foi surpreendido
com diversos cartões em nome, justamente, das empresas investigadas e de
algumas pessoas interpostas, o que reforça a tese da lavagem de dinheiro.
A
empresa Construservice não tinha contratos com o governo federal até 2019. Mas,
de lá para cá, conseguiu fazer obras de pavimentação com recursos federais em
vários estados.
Segundo
o Portal da Transparência, o governo federal empenhou para a Construservice R$
32 milhões em 2019; R$ 16 milhões em 2020 e R$ 92 milhões em 2021. E esse valor
pode aumentar porque, no fim do ano passado, a empresa venceu outras
licitações.
A
Codevasf, empresa pública ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional,
atualmente é comandada por indicados do Centrão, grupo de partidos da base de
apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Presente
em 15 estados e no Distrito Federal, a Codevasf foi um dos órgãos do governo
federal que receberam verbas significativas do chamado orçamento secreto - uma
prática que permite a parlamentares repassar verbas aos estados por emendas do
relator do Orçamento -, o que impede ou dificulta a identificação deles, diminuindo
a transparência.
Neste
ano, o orçamento previsto inicialmente das emendas do relator para a Codevasf
era de R$ 610 milhões. Mas, a pedido de lideranças partidárias, o governo praticamente
dobrou esse valor.
Em
um relatório divulgado em 2022, a Controladoria Geral da União chamou atenção
para o fato de que as emendas de relator são, hoje, a principal fonte de
recursos para investimentos da Codevasf.
De
acordo com a CGU, em 2014, as emendas destinadas à empresa somaram R$ 133
milhões. Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, esse valor subiu para R$
309 milhões. E continuou aumentando: em 2020, a Codevasf recebeu R$ 545 milhões
em emendas e, em 2021, o valor passou de R$ 1,3 bilhão.
O
presidente da Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco, afirma que a falta
de transparência facilita o crime de corrupção.
“Eu
diria que a Codevasf acabou se tornando o paraíso dos políticos, no que diz
respeito às emendas de relator, porque realmente atua em obras de interesse dos
políticos, com dividendos eleitorais. E também porque permitiu que essas
emendas fossem utilizadas sem critérios socioeconômicos e sem parâmetros
técnicos. Pesa no bolso dos brasileiros que pagam impostos, taxas e
contribuições, e que geram esses recursos que acabam sendo distribuídos na
forma de emendas de relator para empresas como a Codevasf, que atua em obras de
interesse político e que acabam, portanto, não tendo esses cuidados devidos
para a implementação destes recursos”, lamenta.
A
defesa de Eduardo Costa negou as acusações. Afirmou que a prisão dele é ilegal
e desnecessária.
A
Codevasf declarou que a responsabilidade legal dos convênios citados não é da
companhia e sim das prefeituras. E que está colaborando com as investigações.
O
Ministério do Desenvolvimento Regional também informou que os processos de
licitação são de responsabilidade dos municípios. Que esses processos passaram
por fiscalização. E que nenhuma irregularidade foi encontrada.
O
ministério também declarou que as obras citadas foram concluídas. E que - depois
de ser notificado formalmente - vai tomar providências.
A
Construservice não se manifestou.
Com informações do g1
.....................................
Postagens relacionadas:
Oh! Coithado😂😂. Gente esse empresário é defensor do Mito. Bor salnarista doente, como muitos que tiveram o cérebro lavado pela milícia digital dos filhos do mito que nunca enfiaram um prego em uma barra de sabão
ResponderExcluirJá fugiu do hospício de novo? Cara, me diz onde vc se encontra que mando uma equipe cuidar de vc.
ExcluirCertinho, mas vai aparecer algum bandido pra defender esses bandidos.
ExcluirOrçamento Secreto foi feito pra isso, encher os bolsos dos comparsas, grande avanço da gestão do Verdugo do Planalto, o Bolsolouco.
ResponderExcluirÉs um verdadeiro amante do Luladrão kkkkkk Ainda bem que tem a internet para pesquisar e acabar o monopólio da imprensa podre.
ExcluirEsse ai é um cheira culhão de miliciano.
ExcluirSai daí miserável, cheira culhão de Bolsonaro!
ExcluirÉ desse jeito cada vez mais aparecendo
ResponderExcluirPense num governo corrupto que fez uma lavagem cerebral e alguns são acefalos. É roubo em cima de roubo mas ninguém pode falar, pensam que estamos na ditadura.
ResponderExcluirCarluxa, Micheque, Queiroz, Pazzuello o pior Ministro do mundo, mansão em Brasília...
ResponderExcluirTú já pagou o cigarro e a cachaça do comércio de seu Zé? Pensa que não sei quem tú é? Descubro é logo.
Excluir