sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Flávio Dino determina indenização para família de Genivaldo, morto sufocado por agentes da PRF

Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, "É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição" sobre morte de Genivaldo de Jesus Santos.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma que determinará que seja paga indenização para a família de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morto sufocado em uma viatura por policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe.

A informação foi divulgada pelo próprio ministro em seu perfil no Twitter nesta sexta-feira (6).

"Genivaldo morreu, em 2022, em face de uma ação de policiais rodoviários federais, em Sergipe. É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição. Determinei ao nosso Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, providências visando à indenização legalmente cabível", escreveu o ministro no perfil no Twitter.

Três meses depois da morte de Genivaldo, a família recebeu uma correspondência da Polícia Rodoviária Federal. Não era um pedido de desculpas, ou nada do tipo. Por estar sem capacete naquele dia, sem habilitação e de sandálias, mesmo morto, Genivaldo foi punido: recebeu quatro multas da PRF. O valor total: R$ 1800.

Morto na “câmara de gás” da PRF

Genivaldo morreu após ser sufocado por 11 minutos e 27 segundos em 25 de maio de 2022 dentro de uma viatura da PRF, transformada em uma “câmara de gás”. Ele foi abordado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento por não usar capacete enquanto dirigia uma motocicleta.

Um vídeo da abordagem mostra um dos agentes tentando imobilizar Genivaldo com as pernas no pescoço dele e, em seguida, sendo algemado e tendo os pés amarrados. Já imobilizado, Genivaldo foi colocado no porta-malas da viatura da PRF. Os policiais jogaram gás dentro do carro e pressionaram o porta-malas para fechá-lo com Genivaldo dentro.

Sufocado, Genivaldo se debateu, com os pés para fora do porta-malas, enquanto os policiais pressionavam a porta. Os agentes envolvidos só foram presos 20 dias depois.

Durante as investigações os peritos atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena. Já a de ácido sulfídrico foi muito maior e pode ter causado convulsões e incapacidade de respirar.

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3 comentários:

  1. Muito justo, mataram movidos pelo ódio disseminado pelo desgoverno odioso. A família merece.

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  2. Tudo no governo do Bosta só deu merda. 😂. A indenização determinada pelo Ministro está corretíssima, embora saibamos que quem realmente paga, somos nós contribuintes, mas pelo menos o governo reconhece o erro cometidos por seus agentes assassinos . Entretanto, é bom relembrar que esses assassinos covardes alegaram que abordaram a vítima( que inclusive era doente mental e os assassinos souberam disso na hora da abordagem) porque estava sem capacete. Porém, a mesma PRF, instituição quem os assassinos pertence, sempre fez escoltas para o Bozo que nunca usou capacete nas motociatas que esse pilantra organizava pelo País agora, bancadas com o dinheiro público.

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  3. Por que a PF não abordou os arruaceiros nas motociatas dos verdugos?

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