Acusado de assassinar a ex-companheira na
presença dos dois filhos (de 07 e 16 anos), da mãe e da prima da vítima, o réu
Elionaldo Ferreira Rodrigues foi condenado a 22 anos e seis meses de reclusão
em julgamento nessa terça-feira (28/02), no 2º Tribunal do Júri de São Luís.
Após a condenação ele foi levado de volta para a Penitenciária de Pedrinhas,
onde já estava preso desde a época do crime, em setembro de 2021.
Segundo a denúncia do Ministério Público,
Elionaldo Ferreira Rodrigues, conhecido como “Sapo”, no dia 27 de setembro de
2021, por volta das 10 horas, chegou à residência da mãe da sua ex-companheira
Gildene Botelho Braga, na área Itaqui Bacanga, no dia do aniversário da
ex-sogra. Com uma faca em punho, ele entrou no quarto onde a ex-mulher estava
com os dois filhos e desferiu vários golpes na vítima. Em seguida, fugiu do
local em seu veículo, sendo interceptado e preso por policiais militares na
BR-135.
Ainda conforme a denúncia, o crime teria
sido motivado por ciúmes que o réu tinha da ex-companheira com quem conviveu
maritalmente por cerca de oito anos e por ele não aceitar o término do
relacionamento.
Consta nos autos que o denunciado já teria
agredido a vítima em outras ocasiões e que Gildene Botelho teria se separado
dele, saindo da cidade de Fortaleza (CE), onde viviam, e voltado a residir em
São Luís-MA há cerca de um mês, sendo constantemente ameaçada de morte pelo
denunciado. Também havia medida protetiva contra o acusado, por violência
doméstica contra a vítima. Interrogado durante o processo, o réu alegou que a
ex-companheira o impedia de ver o filho do casal, e que por isso perdeu a
cabeça e cometeu o crime.
Durante o julgamento, na terça-feira (28),
no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), em São Luís, Elionaldo Ferreira Rodrigues
usou o direito de se manter em silêncio. O júri popular foi presidido pelo juiz
Antônio Elias de Queiroga Filho, respondendo pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Atuaram na acusação e na defesa, respectivamente, o promotor de justiça
Washington Cantanhede e o defensor público Bernardo Laurindo Filho. Foram
ouvidas durante a sessão cinco testemunhas.
O réu foi condenado pelo crime de
feminicídio qualificado pelo uso de meio que dificultou a defesa da vítima e
majorado por ter sido praticado na presença dos dois filhos menores e da mãe da
vítima. De acordo com a sentença, o crime foi cometido contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino.
O juiz negou ao acusado o direito de
recorrer da decisão do júri em liberdade e determinou que a pena seja cumprida
inicialmente em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís,
onde o réu está preso desde a data do assassinato. Na sentença, o magistrado
afirma que a motivação do crime seria torpe, uma vez que o réu praticou o crime
apenas em razão da vítima supostamente o impedir de ver a criança filha do
casal. Destaca, ainda, que o crime foi cometido no interior da casa onde
Gildene Botelho Braga residia, na presença da mãe e dos filhos da vítima.
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é assassinada pelo ex-companheiro na frente da filha na Vila Bacanga, em São
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Teria que ser enjaulado e ficar lá os 22 anos mas no Brasil isso não acontece. Agora tá faltando aquele que matou a mulher em Dom Pedro e outros malas que vivem matando mulheres por esse Brasil afora, cadeia neles.
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