terça-feira, 7 de novembro de 2023

PF cumpre mandados no PI e MA contra suspeitos de 'criar' idosos para fraudar o INSS; justiça determina bloqueio de R$ 71 milhões

A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), iniciou a operação Fictus, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes de benefícios, prejudicando o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), nesta terça-feira, 7.

A operação mobilizou mais de 120 agentes da Polícia Federal para o cumprimento de 38 mandados judiciais. Entre estes, dez são de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão e um de afastamento de cargo público.

Todos os mandados foram emitidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Piauí e executados em diversas cidades, incluindo Parnaíba e Teresina, no Piauí; e São Luís, Bacabal, Codó, Grajaú, Pedreiras e Trizidela do Vale, no Maranhão.

Idosos fictícios e falecidos

As investigações revelaram que as fraudes eram realizadas por meio da criação de “idosos fictícios” para obter benefícios previdenciários e assistenciais.

Isso envolvia a falsificação de documentos de identificação civil e a transferência irregular de benefícios em manutenção. Além disso, a organização reativava benefícios de pessoas falecidas, utilizando documentos de identidade falsos e endereços fictícios.

Líder preso em flagrante em Bacabal

Durante as investigações, um dos líderes da organização foi preso em flagrante em Bacabal, ao tentar sacar um benefício em nome de uma pessoa fictícia, representada por um idoso. Houve também tentativas de destruição de provas em um dado momento da investigação.

Prejuízo de R$ 71 milhões e sequestro de bens

Ao menos 505 benefícios apresentaram indícios de fraude, causando um prejuízo estimado em R$ 71 milhões ao INSS. Com a suspensão desses benefícios, estima-se uma economia de mais de R$ 44 milhões.

A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores superiores a R$ 71 milhões, referentes ao prejuízo atual dos benefícios fraudulentos identificados até o momento.

Crimes

Os envolvidos poderão responder por crimes que incluem organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.

Um comentário:

  1. Só 71 milhões? Pouco.
    Isso em Brasília é troquinho.
    Aqui na Capital mora todo tipo de embuste, vigarismo, picaretismo e lavagem das mais limpas.
    Sobretudo agora em 2023.

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