terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Homem que matou esposa é condenado a 15 anos de prisão em São José de Ribamar

José Garcia Ferreira de Sousa, que matou a própria esposa, Gláucia Maria Silva Ferreira, em São José de Ribamar, foi condenado, nessa segunda-feira (5), a 15 anos de reclusão.  O crime ocorreu no dia 22 de março de 2022.  A mulher foi esganada e teve o corpo jogado em um córrego.

A pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado. José Garcia está preso desde o dia do crime.

O corpo da vítima foi encontrado pela polícia em uma galeria de esgoto, por onde passa um córrego, no Bairro Sítio do Apicum, próximo ao Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) – Unidade Plena de São José de Ribamar. 

Os policiais militares estavam de serviço, realizando rondas pela Avenida do Bairro J. Câmara, quando uma mulher acenou para a viatura e informou que havia um corpo jogado no córrego. Chegando lá, os policiais se depararam com o corpo de Glaucia Maria Silva Ferreira, de bruços e com algumas pessoas ao redor, tendo uma delas apontado José Garcia Ferreira de Souza, que também estava no lugar do fato, como o companheiro da vítima.

Segundo relato de testemunhas, Garcia tinha ido algumas vezes ao local, inclusive, afastando o corpo para dentro da galeria de esgoto. Os militares, então, observaram que uma das mãos do denunciado estava inchada e perguntaram a razão daquele inchaço. Ele declarou que o motivo do inchaço seria uma ‘esporada de peixe’, ocorrida durante uma pescaria que ele havia feito recentemente.

Ainda, ao ser questionado sobre o crime, ele, a princípio, negou a autoria, afirmando, apenas, que a vítima havia saído para beber na noite anterior. Já na Delegacia, ao ser interrogado pela polícia, José Garcia Ferreira de Souza confessou a prática do crime de feminicídio contra sua companheira.

Atentado pelo ‘diabo’

O assassino explicou que, no dia crime, por volta de 21h30min, saiu de casa com intuito de encontrar Gláucia, localizando-a em um bar e levando-a para casa, em seguida. Ocorre que, conforme afirmou, a vítima aproveitou o momento em que ele foi até uma padaria e saiu de casa mais uma vez. Diante disso, ele teria saído em busca da mulher, utilizando uma bicicleta, terminando por encontrá-la e ordenando para que ela voltasse para casa com ele. No entanto, no caminho, quando estava em frente a galeria de esgoto onde o corpo foi encontrado, nas palavras de José Garcia, “aquele que não quer ver eu nem você” o atentou, e ele decidiu dar um golpe de “mata leão” em Gláucia Maria Silva Ferreira, além de um soco, instante em que ela caiu no solo desacordada.

O assassino declarou que, após a vítima desmaiar, ele empurrou o seu corpo rumo ao córrego, com água empoçada, vindo ela a óbito minutos depois. Ressaltou que, apesar de ter dito aos policiais que o inchaço em sua mão tinha sido causado por um esporão de peixe, na realidade, ele foi decorrente do soco que desferiu contra a vítima.

Por fim, revelou que a motivação do delito foi a sua desconfiança de que a vítima o estivesse traindo, somado ao constante descontentamento da mulher porque ele ficava irritado com as mentiras que ela supostamente inventava para os seus familiares a seu respeito.

O juiz Francisco Ferreira de Lima presidiu a sessão de julgamento no Tribunal do Júri na 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, com a participação do promotor de Justiça Felipe Borghossian, na acusação, e Samuel Pio Vilanova Rodrigues e Thaís Silva de Novais, na defesa do réu.

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