José
Garcia Ferreira de Sousa, que matou a própria esposa, Gláucia Maria Silva
Ferreira, em São José de Ribamar, foi condenado, nessa segunda-feira (5), a 15
anos de reclusão. O crime ocorreu no dia
22 de março de 2022. A mulher foi
esganada e teve o corpo jogado em um córrego.
A
pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado. José Garcia está preso
desde o dia do crime.
O corpo da vítima foi encontrado pela polícia em uma galeria de esgoto, por onde passa um córrego, no Bairro Sítio do Apicum, próximo ao Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) – Unidade Plena de São José de Ribamar.
Os policiais militares estavam de serviço, realizando rondas pela
Avenida do Bairro J. Câmara, quando uma mulher acenou para a viatura e informou
que havia um corpo jogado no córrego. Chegando lá, os policiais se depararam
com o corpo de Glaucia Maria Silva Ferreira, de bruços e com algumas pessoas ao
redor, tendo uma delas apontado José Garcia Ferreira de Souza, que também
estava no lugar do fato, como o companheiro da vítima.
Segundo
relato de testemunhas, Garcia tinha ido algumas vezes ao local, inclusive,
afastando o corpo para dentro da galeria de esgoto. Os militares, então,
observaram que uma das mãos do denunciado estava inchada e perguntaram a razão
daquele inchaço. Ele declarou que o motivo do inchaço seria uma ‘esporada de
peixe’, ocorrida durante uma pescaria que ele havia feito recentemente.
Ainda,
ao ser questionado sobre o crime, ele, a princípio, negou a autoria, afirmando,
apenas, que a vítima havia saído para beber na noite anterior. Já na Delegacia,
ao ser interrogado pela polícia, José Garcia Ferreira de Souza confessou a
prática do crime de feminicídio contra sua companheira.
Atentado
pelo ‘diabo’
O
assassino explicou que, no dia crime, por volta de 21h30min, saiu de casa com
intuito de encontrar Gláucia, localizando-a em um bar e levando-a para casa, em
seguida. Ocorre que, conforme afirmou, a vítima aproveitou o momento em que ele
foi até uma padaria e saiu de casa mais uma vez. Diante disso, ele teria saído
em busca da mulher, utilizando uma bicicleta, terminando por encontrá-la e
ordenando para que ela voltasse para casa com ele. No entanto, no caminho,
quando estava em frente a galeria de esgoto onde o corpo foi encontrado, nas
palavras de José Garcia, “aquele que não quer ver eu nem você” o atentou, e ele
decidiu dar um golpe de “mata leão” em Gláucia Maria Silva Ferreira, além de um
soco, instante em que ela caiu no solo desacordada.
O
assassino declarou que, após a vítima desmaiar, ele empurrou o seu corpo rumo
ao córrego, com água empoçada, vindo ela a óbito minutos depois. Ressaltou que,
apesar de ter dito aos policiais que o inchaço em sua mão tinha sido causado
por um esporão de peixe, na realidade, ele foi decorrente do soco que desferiu
contra a vítima.
Por
fim, revelou que a motivação do delito foi a sua desconfiança de que a vítima o
estivesse traindo, somado ao constante descontentamento da mulher porque ele
ficava irritado com as mentiras que ela supostamente inventava para os seus
familiares a seu respeito.
O
juiz Francisco Ferreira de Lima presidiu a sessão de julgamento no Tribunal do
Júri na 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, com a participação do promotor
de Justiça Felipe Borghossian, na acusação, e Samuel Pio Vilanova Rodrigues e
Thaís Silva de Novais, na defesa do réu.
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