A Polícia Civil
do Maranhão concluiu o inquérito do caso da vendedora de uma loja de roupas
infantis, que foi alvo de estupro dentro do seu local de trabalho, quando um
homem se masturbou e ejaculou nas costas dela durante um atendimento.
Márcio Victor
Carvalho Ferreira, de 19 anos, foi indiciado e denunciado ao Poder Judiciário
pelo crime de estupro, mas vai responder ao processo em liberdade, pois a
Justiça do Maranhão considerou o fato de ele ser primário e não demonstrar ser
capaz de prejudicar as investigações.
O crime
aconteceu no dia 24 de outubro, na avenida São Marçal, no bairro do João Paulo,
em São Luís. Márcio Victor foi preso em flagrante, logo após o crime, que foi
registrado por uma câmera de segurança do estabelecimento, mas foi posto em
liberdade no dia seguinte.
Vítima teve
medida protetiva negada
Márcio Victor
foi preso no seu local de trabalho, uma loja de roupas na mesma avenida em que
fica o estabelecimento no qual a vítima é funcionária. Segundo o delegado Jefferson
Portela, titular do 2º Distrito Policial do João Paulo, que investiga o caso, o
suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de estupro.
Porém, no dia
seguinte à prisão, o jovem foi colocado em liberdade provisória. Com a soltura
do suspeito, a vítima procurou a Delegacia da Mulher para solicitar uma Medida
Protetiva de Urgência, porém o pedido foi negado.
Segundo a
Justiça, o pedido da vendedora não atende aos requisitos necessários.
“Por mais
reprovável que seja, o pedido não preenche os requisitos específicos
estabelecidos no art. 5° da Lei Maria da Penha, que caracteriza como violência
doméstica e familiar qualquer ação ou omissão baseada no gênero, que cause à
mulher lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, ou dano moral ou
patrimonial, desde que ocorram em contexto de unidade doméstica (convivência
permanente de pessoas), relações familiares e relato íntimo de afeto”, diz um trecho
da decisão judicial.
Autor em
liberdade provisória
Segundo a
Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), Márcio Victor
passou por audiência de custódia, na sexta-feira (25) e, por decisão da
Justiça, foi posto em liberdade provisória.
Após prestar
depoimento, o homem foi encaminhado para a Central de Custódia do Sistema
Penitenciário do Maranhão, ficando à disposição da Justiça. A decisão de
colocar ele em liberdade provisória foi da juíza substituta Mirna Cardoso
Siqueira, da 2ª Central de Inquéritos e Custódia de São Luís.
Consta na
decisão judicial, que o suspeito foi posto em liberdade porque é primário e
demonstra não ser capaz de prejudicar as investigações.
“Verifica-se
que o autuado é primário, posto que não consta contra si nenhuma ação penal,
assim como nenhuma sentença penal condenatória transitado em julgado,
demonstrando, assim, não ser capaz de prejudicar a instrução criminal, fugir do
distrito da culpa ou pôr em risco a ordem pública”, afirma um trecho do Termo
da Audiência de Custódia, a qual o g1 teve acesso.
Ainda, segundo
documento, Márcio Victor deve seguir as seguintes medidas cautelares:
— Comparecer
periodicamente na Central Integrada de Alternativas penais e Inclusão Social-
CIAPIS;
— não ir à
residência da vítima ou a seu local de trabalho;
— não manter
contato com a vítima seja de forma pessoal como por telefone fixo, celular,
redes sociais, e-mail, mensagens de texto, cartas, bilhetes, gestos, ou
qualquer outro meio de comunicação;
— não se
ausentar da Comarca da Ilha de São Luís, sem prévia autorização judicial e sem
comunicar à autoridade o local onde será encontrado.
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Justiça vagabunda.
ResponderExcluirEita Brasil véi sem porteira. Aqui pode tudo.
ResponderExcluirSe essa vendedora fosse filha de uma juíza será que o meliante estaria em liberdade?
ResponderExcluirDuvido mn
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