O Supremo
Tribunal Federal (STF) publicou nesta sexta-feira (11) a decisão da Primeira
Turma que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados réus por
planejarem e tentarem um golpe de Estado fracassado.
Bolsonaro ainda
não se manifestou sobre o acórdão. De acordo com nota do Partido Liberal (PL),
o ex-presidente passou mal durante a madrugada e está internado em um hospital
em Natal, no Rio Grande Norte, para onde foi levado depois de ter "fortes
dores abdominais em decorrência da facada sofrida em 2018".
Com cerca de
500 páginas, o acórdão - decisão única proferida por um grupo de juízes -
resume o julgamento realizado em 26 de março, quando os cinco ministros da
Primeira Turma aceitaram por unanimidade a denúncia apresentada pelo
procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A publicação do
documento é um passo indispensável para a continuidade do caso, pois marca a
formalização por escrito do que foi julgado. Com isso, as defesas podem ser
notificadas e têm a oportunidade de apresentar questionamentos ao que foi
registrado pelo acórdão. O prazo mais comum é de cinco dias a partir da notificação.
Caso alguma
defesa questione ou conteste o teor do acórdão, o ministro-relator Alexandre de
Moraes deve pedir parecer da PGR, antes de decidir se aceita ou não esses
recursos. Ele pode decidir monocraticamente (de forma individual) ou enviar os questionamentos
para deliberação da Primeira Turma.
Somente após
esses procedimentos que a ação penal sobre o caso passa a efetivamente tramitar
no Supremo, com a abertura de uma nova fase de instrução processual, na qual
defesa e acusação poderão inquirir testemunhas, solicitar a produção de mais
provas e construir suas alegações com base nas evidências.
Todas essas
etapas são definidas pelo Código de Processo Penal, que garante, por exemplo,
que as defesas dos réus se manifestem somente depois dos eventuais delatores na
mesma ação. Esse direito não foi conferido pela Primeira Turma aos investigados
nas fases anteriores ao recebimento da denúncia, mas deve ser aplicado a partir
de agora, conforme assegurado pelos ministros durante o julgamento de março.
Apenas depois
de vencida toda a etapa de instrução - cujo ritmo de avanço depende, por
exemplo, da quantidade de petições que serão apresentadas por defesa e acusação
- é que eventual julgamento de mérito deverá ser marcado, e a Primeira Turma
deverá votar se absolve ou condena os oito réus.
Os ministros
que compõem a Primeira Turma e são responsáveis pelas decisões no caso são
Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Até o
julgamento de mérito, a regra é que os réus respondam à ação penal em
liberdade. Eventual prisão para cumprimento de pena só poderá ocorrer após o
trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais nenhuma
possibilidade de recurso.
É possível que
seja determinada a prisão preventiva, antes da condenação, de algum dos réus,
mas isso pode ser feito somente se forem atendidos diferentes critérios
previstos pela legislação penal. Entre os fatores considerados estão o risco ao
andamento da ação, o risco de fuga e a ameaça à ordem pública.
Esse é o caso
do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de
Bolsonaro em 2022. Ele está preso desde dezembro em uma instalação do Exército,
após ter sido acusado pela Polícia Federal (PF) de tentar obstruir as
investigações.
Entenda
Ao todo, a PGR
denunciou 34 pessoas por envolvimento na trama golpista. Todos foram acusados
pelos mesmos cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de golpe de
Estado, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, deterioração do
patrimônio público tombado e dano qualificado por emprego de violência e grave
ameaça. Somadas, as penas superam os 30 anos de cadeia.
Segundo a
denúncia, o planejamento e execução da tentativa frustrada de golpe teve início
em meados de 2021, com ataques deliberados às urnas eletrônicas e o sistema
eleitoral, e teve fim em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro
invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Alegando querer
dar maior organização e celeridade ao caso, o procurador-geral da República,
Paulo Gonet, fatiou a denúncia em cinco núcleos, para que cada um desses
núcleos seja julgado numa ação penal própria. Essa espécie de fatiamento foi
confirmado pela Primeira Turma, com base na jurisprudência do Supremo.
Em 26 de março,
a Primeira Turma julgou o núcleo principal da denúncia, composto por Bolsonaro,
ex-ministros de Estado, assessores da Presidência e militares. A denúncia foi
aceita por unanimidade em relação a todos. Foi a primeira vez que um
ex-presidente se tornou réu no Supremo por crimes contra a ordem democrática.
Os oito réus do
chamado “núcleo crucial” do golpe são:
— Jair
Bolsonaro, ex-presidente da República;
— Walter Braga
Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das
eleições de 2022;
— General
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
— Alexandre
Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
— Anderson
Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito
Federal;
— Almir Garnier,
ex-comandante da Marinha;
— Paulo Sérgio
Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
— Mauro Cid,
delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Defesa
As defesas dos
acusados negaram, uma a uma, a autoria dos delitos por seus clientes. A maior
parte dos advogados reclamou também de questões processuais, alegando, por
exemplo, o cerceamento de defesa, por não terem tido acesso, segundo contam, ao
material bruto que embasou a denúncia.
Após o
julgamento, o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, disse esperar
que, com a abertura da ação penal, seja dado acesso mais amplo da defesa ao
material utilizado pela acusação. “Esperamos que tenhamos a partir de agora uma
plenitude de defesa, o que não tivemos até agora”, disse o defensor.
Cadeia pra golpista é pouco.
ResponderExcluirCadeia e no lula esse ladrao ta terminando de afundar o brasil
ResponderExcluirApresente os dados mané, papagaio de pirata, espalhador de fake. Vai chorar manda áudio.
ExcluirFoi só publicar o acórdão que ele se cagou todo em Natal. O Governo do RN, que é petista disponibilizou o helicóptero e ambulância do Samu, program do PT que ele tanto crítica, pra transportar ele até um hospital em Natal. Depois tiveram que lavar a aeronave e ambulância que ficaram cheio de merda. Viva Xandão e Lula, o maior presidente que o País já teve 😂😂
ResponderExcluirO intestino já tá preso, aproveita e prende logo o golpista todo.
ResponderExcluirEU PENSEI QUE UM DIA TU FOSSE JORNALISTA, MAS LENDO ESSA MERDA QUE TU CHAMA DE BLOG,, MOSTRA QUE TU NÃO PASSA DE UM BOSTA, IDIOTA E CHEIRA CULHÃO DE FLÁVIOI DINO!
ResponderExcluirIsso nunca foi um jornalista sério.
ExcluirCalma blogueiro peninha bostanarista. Por enquanto, só o intestino do Bosta já está preso. O resto do mulambo que vcs chamam de corpo, só vai para o Xilindró no segundo semestre deste ano. Os super heróis Xandao, Dinão e Zanào, não têm pressa pra assinar a condenado do Minto de Bosta ladrão de Joias. Viva Lula é o STFZÃO porreta que livraram o Braisl de um golpe orquestrado por um picareta
ResponderExcluirFalou tudo!😍😉
ExcluirBozolóides só sabem atacar os outros e querem defender o indefensável. Lugar de golpista é na cadeia.
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