quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Históricos do PDT dizem que partido foi tomado por 'usurpadores'

ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA

Um grupo de históricos do PDT engrossou nesta quarta-feira (9) o coro dos que pedem a saída do presidente licenciado do partido Carlos Lupi do Ministério do Trabalho. Reunidos no "Movimento de Resistência Leonel Brizola", eles encaminharam à PGR (Procuradoria-Geral da República) e à CGU (Controladoria-Geral da União) pedidos de investigação sobre denúncias de corrupção na pasta.

"É um movimento para preservar o partido que vem sendo dilacerado por um grupelho de usurpadores e oportunistas", afirmou José Maurício (RJ), que foi sete vezes deputado federal pelo PDT e diz ter sido o primeiro parlamentar da história da sigla.

A revista "Veja" desta semana diz que há esquema de cobrança de propina no ministério de ONGs que recebem dinheiro da pasta e apontou assessores de Lupi como os responsáveis pela arrecadação.

Na nota encaminhada à PGR, assinada por cinco militantes históricos do partido, eles pedem que os fatos sejam apurados com brevidade para que "se separem os atos praticados por altos servidores do ministério das ações políticas desenvolvidas pelo PDT". E numa nota pública manifestam "repúdio a este quadro que enxovalha nossa imagem e desmerece nossa história".

"Quando ele assumiu o ministério não conhecia nada do movimento sindical. As pessoas do PDT que ele nomeou no ministério são ligadas a ele e não militantes do partido", afirmou Fernando Bandeira (RJ), ex-deputado estadual pelo PDT e também um dos fundadores da legenda.

Ontem, Lupi conseguiu reunir o apoio da maioria da bancada do PDT para continuar no cargo. "É uma bancada sem identificação com o partido. Foram pegando um monte de gente para fazer número", afirmou o ex-deputado Vivaldo Barborsa (RJ).

O ministro nega relações com irregularidades no partido e tem afirmado que as sugestões para que saia do ministério devem ser respeitadas porque isso faz parte do jogo democrático, mas que não é essa a posição dele.

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