FOLHA DE SÃO PAULO
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e o líder do
partido na Câmara, deputado Rubens Bueno
(PR), cobraram nesta terça-feira (15) a demissão do ministro do Trabalho,
Carlos Lupi, e defenderam a necessidade de instalação imediata da CPI da
Corrupção.
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, Lupi
concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá para representar setores
da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no Estado.
Bueno afirmou que a denúncia demonstra, mais uma vez,
que o país está contaminado pela corrupção administrada pelo governo federal
através dos ministérios.
Para o líder, por mais que o governo tente esconder
as denúncias, elas sempre surgem mais fortes. O deputado disse que a
permanência de Lupi no cargo é insustentável.
Bueno afirmou que o episódio demonstra a importância
de instaurar uma investigação no Congresso. "A história se repete mais uma
vez. Precisamos criar logo a CPI da Corrupção para investigar os escândalos que
assolam esse governo. Para tomarmos as medidas necessárias e buscarmos o
dinheiro público desviado. O papel dessa Comissão será de contribuir com o país
ajudando-o a estabelecer uma nova gestão mais eficiente e menos corrupta. Nós,
do PPS, não iremos desistir."
Já Freire creditou os escândalos do governo federal à
presidente Dilma Rousseff. Para ele, não há como dizer que Dilma não é
complacente com os esquemas de corrupção que atingem o país.
"A convulsão em que se encontra o Ministério do
Trabalho é impressionante. Houve até deboche de ministro. Dilma está sendo
conivente com tudo isso. Ela é a verdadeira responsável. Queremos
investigações. Se tivéssemos em regime parlamentarista a questão já estaria
resolvida. Teríamos chamado eleições antecipadas e nomeado um novo
governo", afirmou.
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