Em entrevista ao jornalista Djalma Rodrigues, apresentador do programa "Notícias da Capital", na tarde desta quinta-feira, o ex-deputado Roberto Rocha teceu comentários sobre a paralisação dos militares e bombeiros do Maranhão.
"O problema está colocado no país inteiro. A Segurança está relegada, principalmente os militares e bombeiros. Existe a necessidade de tratamento melhor, como servidores públicos. Eles não podem se sindicalizar, não têm fundo de garantia, não têm salário família. Eles trabalham no limite do estresse", disse Roberto, defendendo que os policiais têm motivos de sobra para reivindicar melhores condições de salário e trabalho.
Rocha acha que a alternativa seria a criação de um fundo para financiamento da segurança pública, com a imediata a aprovação da PEC 300 que prevê a implantação de um piso salarial nacional para policiais e bombeiros.
"No Maranhão, esse problema está aí nas ruas. Essas pessoas resolveram, cansadas e fatigadas, resolveram ocupar a casa do povo. É necessário que a gente compreenda que os militares que os militares correm risco de vida em suas atividades. Desejo que a governadora Roseana Sarney tenha sensibilidade à essa questão", acrescentou Rocha.
Ele acha que os governos estaduais devem evitar que aconteça esse tipo de greve, pois a sociedade não pode ficar exposta à violência.
Quando deputado, lutei pela implantação da GEM-Gratificação especial para os militares quando Roseana já era governadora do Maranhão. "Lutei sempre por melhorias para essa categoria, mesmo tendo que enfrentar resistências de governos", afirma.
"Se o governo não pode dar o que eles pedem, tem que buscar intermediar a questão, com interlocutores, mostrando os números, e dizer o que tem condições de oferecer. O que não pode é ficar nessa falta de diálogo. É preciso enfrentar os problemas de frente. É preciso evitar que esse movimento se prolongue. Não podemos ter o agravamento da situação com um choque de forças policiais", acrescenta Rocha.
Roberto defende maior investimento em segurança pública, e principalmente na melhoria da situação dos policiais. "Muitas das viaturas novas, comprados com recursos do governo federal, não rodam porque não tem efetivo, não tem motoristas. Há necessidade de aumentar o efetivo, com a realização de concurso público, além de melhorar os salários", diz.
"A situação do Maranhão é muito difícil. Com os mais de 80 novos municípios, a situação ficou mais complicada pois o efetivo, que já era insuficiente, teve que ser dividido com esses municípios. Daí a necessidade de realização de concurso público para a PM", acrescenta.
Sobre uma possível candidatura a prefeito disse que dependerá de um entendimento com os partidos do bloco de oposição á atual administração municipal. "Será um prazer colocar 20 anos de experiência política a serviço da minha cidade, onde eu nasci, cresci e criei meus filhos", justifica.
"Entre mim e Roseana nunca houve problema pessoal. Podemos ter de natureza política. O motivo de nosso afastamento foi, no primeiro ano do seu mandato, a criação da GEM, quando eu era vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Como presidente, avoquei a relatoria do projeto de criação do Estatuto dos Servidores Militares. Na minha saída da Assembleia para a Câmara FederaL, a governadora vetou o projeto, mandando outro à Assembleia, de forma igual ao que fora vetado", disse.
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