O presidente da Assembleia Legislativa,
Arnaldo Melo (PMDB), rejeitou nesta quarta-feira requerimento do deputado Tatá
Milhomem (PSD) pedindo que a “CPI dos R$ 73 milhões” apure a denúncia de
possível cobrança de propina de R$ 1,5 milhão para aprovação de uma lei que
permitia a derrubada de palmeiras de babaçus, atendendo a interesses de construtoras,
principalmente na capital.
Arnaldo Melo determinou investigação da denúncia de cobrança de propina para aprovar projeto |
O presidente explicou que a
mesa-diretora rejeitou o pedido porque faltavam as assinaturas necessárias. No
entanto, por conta da “gravidade do caso” ele mandou que a Corregedoria da Casa
investigue a denúncia. O corregedor da Assembleia é o deputado Jota Pinto (PR).
O parlamentar que teria intermediado o
negócio seria Stênio Rezende, autor da proposta. O acerto teria sido feito em
nome de 30 parlamentares da base governista. O projeto foi aprovado em abril.
O escândalo veio à tona na sessão de
ontem, terça-feira, através de pronunciamentos dos deputados Tatá Milhomem e
César Pires. O esquema teria sido revelado por um dos empresários beneficiado
com a aprovação da lei.
Os deputados endossaram o pedido de
investigação. “Sou um deputado novato e jamais pensei que encontraria um clima
desses. Espero que tudo seja esclarecido para que todos nós sejamos
responsabilizados por fatos como esses”, disse Eduardo Braide (PMN).
O deputado Stênio Rezende (PMDB), que
trabalhou pela aprovação do projeto, chegou a se inscrever ontem para fazer
discurso na sessão de hoje, quarta-feira, mas terminou não comparecendo à
sessão.
Bira do Pindaré e Rubens Júnior (PCdoB)
chegaram a apresentar emendas ao projeto de Rezende. Em discurso, o petista leu
notas taquigráficas durante aquela votação mostrando sua posição contrária à proposta.
Ele pediu a criação de uma CPI para investigar o caso.
Se ficar comprovada a quebra de decoro
parlamentar, os envolvidos podem até perder os mandatos.
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