FOLHA DE SÃO PAULO
A Polícia Federal deflagrou nesta
terça-feira uma operação contra fraudes em pedidos e recebimentos do seguro
obrigatório (Dpvat). O prejuízo é estimado em R$ 1,5 milhão somente no ano
passado.
Ao todo, 12 pessoas foram presas nas
cidades de Imperatriz, Senador La Rocque (MA) e Marabá (PA). Um deles era
escrivão nomeado da Polícia Civil.
A operação, que contou com 89 policiais
federais, ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos
documentos falsos, carimbos de órgãos do Estado e uma impressora.
A investigação começou após a abertura
de três contas na Caixa Econômica Federal em Imperatriz com a utilização de
documentos falsos, das quais foram depositados e sacados os valores de três
indenizações por acidentes de trânsito, no valor de R$ 28.350.
Em março do ano passado, a PF detectou
as irregularidades e instaurou um inquérito.
Segundo a PF, a quadrilha recrutava
laranjas para entrar com pedidos no Dpvat usando documentos médicos ou
policiais falsos que apontavam lesões decorrentes de acidentes. Com o pedido
autorizado, abriam contas com documentos falsos para sacar o dinheiro.
Em um dos casos, a mesma pessoa entrou
com dois pedidos alegando ter tido a perna direita amputada.
Os presos, que não tiveram os nomes
divulgados, responderão pelos crimes de falsificação de documento público e
particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato e
formação de quadrilha.
No Brasil, todo o cidadão que sofre um
acidente de trânsito tem direito ao benefício do seguro Dpvat, que é pago por
todos os donos de veículos. No ano passado, os valores pagos somaram R$ 2,287
bilhões, segundo a Seguradora Líder, responsável pela administração do seguro.
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