quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O sepultamento do maior engodo da administração de João Castelo


Alguém tinha dúvidas do fracasso do VLT?

Gilberto Lima


Alguns jornalistas e blogueiros receberam com surpresa, e como uma grande novidade, as declarações do prefeito João Castelo admitindo a paralisação da obra de implantação do VLT. Alguma surpresa? Para mim, nenhuma!
Parte da população chegou a acreditar no sonho do VLT

Desde o início, ainda durante a campanha eleitoral, aqui neste blog e na Rádio Capital, sempre afirmei que não era uma obra concebida com seriedade e critério. Visava, apenas, turbinar a candidatura à reeleição do prefeito. A confirmação disso veio com o apelo feito à população para que fosse para os primeiros testes do tal VLT, em um percurso de apenas 900 metros. Muitos jornalistas e blogueiros, defen$ores da candidatura do tucano embarcaram na ilusão. No dia seguinte, as primeiras viagens do trenzinho ganhou destaque nos jornais e blogs da cidade.

Eu não embarquei nesse engodo e continuei afirmando que era um projeto sem futuro. Mas o prefeito continuava afirmando que o projeto era para valer e que até dezembro, o primeiro trecho, entre o centro e o Bairro de Fátima, seria inaugurado. Como esse projeto poderia dar certo, com os trilhos cortando ao meio a rotatória de acesso à área Itaqui-Bacanga? Uma loucura sem precedentes que iria complicar, ainda mais, o acesso àquela área da cidade. Só os aliados do prefeito não conseguiam enxergar os problemas que isso iria causar.

blogueiros e jornalistas no VLT
Mesmo sabendo das complicações ao tráfego, chegaram a cortar a rotatória com uma vala enorme para a implantação dos trilhos. Resultado: foram várias semanas de caos no tráfego, dificultando a saída e a entrada à Avenida dos Portugueses. Sem alternativas, e vendo que o projeto do VLT já estava sepultado, o secretário de transportes determinou o fechamento da vala, com a liberação da rotatória do Bacanga ao tráfego de veículos. Somente alguns dias depois dessa ação, o prefeito resolveu dizer que o projeto do VLT estava inviabilizado e que a obra não teria prosseguimento. Só aí que os jornalistas e blogueiros aliados ao tucano admitiram que não tinha mais jeito. Definitivamente o VLT foi sepultado.

Essa é uma mostra da total irresponsabilidade da administração João Castelo que teve quatro anos para implantar um projeto importante para a mobilidade urbana, mas decidiu iniciá-la somente no período eleitoral, depois que as pesquisas apontavam que ele encontraria dificuldades em se reeleger. O mesmo procedimento foi adotado no projeto de prolongamento da Avenida Litorânea, concebido como uma das ‘salvações’ da candidatura de Castelo.

São projetos que devem passar por um crivo da administração Edivaldo Holanda Júnior, e retomados depois de um planejamento criterioso, sem afobações. A questão da mobilidade urbana é uma das prioridades da nova administração e o projeto do VLT é de fundamental importância para a cidade, assim como o são a implantação de corredores urbanos para ônibus e a licitação de todo o sistema de transporte coletivo. Tudo concebido com paciência, seriedade e transparência.
 Em agosto o blog já alertava para a jogada de marketing do VLT
Em setembro, o blog mostrava problemas na implantação do VLT

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