Uma coisa pode não ter nada que ver com a outra, mas
é fato que Jr. Bolinha, acusado pela polícia de ser o homem que contratou o
pistoleiro Johnatan de Souza Silva para assassinar o jornalista Décio Sá, falou
com o empresáro Pedro Teles, irmão do deputado estadual Rigo Teles (PV), no dia
do crime.
Parte do relatório de inquérito policial a que o
blog teve acesso revela que a Delegacia Geral de Polícia Civil sabia disso,
como comprova o documento acima.
Nele, cita-se, inclusive, que o telefone usado pelo
empresário de Barra do Corda não era registrado em nome dele, mas no de uma
funcionária da Prefeitura de Barra do Corda. Além disso, Teles portava, ainda,
um segundo aparelho, registrado em nome de um motorista.
“Foi verificado na quebra de dados que o telefone
citado anteriormente e correspondente ao ramal (99) 9989-1324 citado no
parágrafo anterior e que é utilizado pelo senhor Pedro Teles, entra em contato
com o ramal de Júnior Bolinha, inclusive na data do crime”, informa o relato.

Já no dia seguinte, 24 de abril, uma ligação, às
09h22.
Como nessas datas não haviam sido decretadas, ainda,
as quebras dos sigilos telefônicos dos suspeitos, não há áudios dessas
ligações.
Fontes do blog na Superintendência Estadual de
Investigações Criminais (Seic) garantem que essa linha de investigação foi
esmiuçada e que, ao final da apuração, constatou-se que os dois não trataram da
morte do jornalista. Por isso, os dados apresentados aqui sequer entraram no
chamado relatório conclusivo da comissão investigativa do crime, que acabou por
indiciar o agiota Gláucio Alencar e mais 11 pessoas.
De qualquer forma, não deixa de ser uma carta na
manga da defesa do agiota Gláucio Alencar. As oitivas das testemunhas começam
hoje (28), na 1ª Vara do Tribunal de Júri.
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